AML, patrimônio da sociedade

“É se sentir livre
É não mentir e poder sempre dizer a verdade
(…) 
Liberdade é ter sempre
Um grande poder de serenidade
De forma que possamos ter um, a identidade
Que está dentro de nós e se descobre
Liberdade é não ter medo
(….)
Ser livre não significa ter tudo mas um bocado
Para poder mostrar o valor da força do pensamento”. 
Mario Quintana – Liberdade

A Academia Mourãoense de Letras alcança 23 anos de vida. É de 21 de maio, 2002. Academia é um enorme e plural acervo, patrimônio representado como prodigiosa biblioteca que começou a ser realidade um ano antes, em 2001, oito de junho, por meio de uma comissão que preparou as condições que viabilizaram tal sonho, projeto ambicioso, e, desde então, exequível. Verdade seja dita e repetida, já se tinha convicção, a AML nascera devido a determinação de unir e reunir autores e obras representativas da liberdade. A  AML é sólida e efervescente.

Estantes prontas para receber livros, não só os físicos mas também os demais meios, obras e seus patronos. Biblioteca em contínua evolução, que se amplia e  recebe novos acadêmicos (pela vacância dos então ocupantes), cuja decisão de integração ao longo destas duas décadas, não faltaram candidatos em face do enorme desejo de pertencerem à AML.

Eu não fui “testemunha ocular da história” e, conforme registro em ata, fui um dos que propôs a criação de uma academia, como os saudosos acadêmicos Rubens Luiz Sartori e Amani Spachinski. Quem também foi fundamental nesse processo de criação é a professora Sinclair  Pozza Casemiro.

Patrimônio é a sua insofismável identidade, instituição reconhecida de interesse público, sobretudo para a Cultura e a Educação, profusão da poesia e da prosa.

A literatura é tradição e modernidade, características da AML e cada acadêmico garante a própria dinamicidade, interna e externamente, singular e associativamente. A comemoração da referida data é mais do que nossa, é da comunidade regional, na profusão de nossa língua, oral e escrita.

A AML é espaço livre, nascedouro da história perene e em constante evolução.

Fases de Fazer Frases (I)

Liberdade maior, saber o que fazer com ela.

Fases de Fazer Frases (II)

Como esta e Como está? Depende de acentuação e situação.

Fases de Fazer Frases (II)

Estar no poder não implica em tê-lo.

Fases de Fazer Frases (III)

Indecisão não pode durar para sempre, a consequência dela, sim.

Fases de Fazer Frases (IV)

O discreto só por decreto é descrito.

Olhos, Vistos do Cotidiano 

A ASSERCAM – Associação dos Servidores Públicos Municipais de Campo Mourão, inaugurou, semana anterior, a moderna academia para atividades físicas. É o  grande trabalho do presidente Cláudio Teles de Lima e diretoria.

Farpas e Ferpas (I)

Leva-se tempo para descobrir o que o tempo leva?

Farpas e Ferpas (II)

História pode começar pelo fim. Mas é preciso saber pelo começo.

Farpas e Ferpas (III)

Não pergunte as horas se estiver atrasado.

Sinal Amarelo (I)

Caso não tenha grana, ao menos tenha gana.

Sinal Amarelo (II)

A hora da verdade não devia ter hora.

Trecho e Trecho

“Negar as origens é negar o que somos”. [Gilberto Âgelo Begiato].

“Quem gosta de ler não morre só”. [Ariano Suassuna].

Reminiscências em Preto e Branco – Sebastião Salgado Filho, retrato nosso (I) 

A morte de Sebastião Salgado Filho repercute no mundo, mundo que ele conhecia bem, viajou para 120 países. Ao se dizer o que melhor nos representa como nação, Salgado Filho é legítima identidade. A fotografia revela o olhar sensível, instantâneo, primeiro capturado por ele, depois pelas lentes. Mineiro de Aimorés, retratou cenários e agruras humanas eternizadas, como de há muito.

É reconhecido também o legado ambiental. Com a esposa plantaram mais de três milhões de árvores nas terras da família, registrou a degradação e recuperação de rica flora. Criou o Instituto Terra. Fez mais do que  governos e particulares. Tinha 81 anos. Memória, bela, inspiradora, retrato dele mesmo, imagem viva.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

Os 10 primeiros acadêmicos, patronos da Academia Mourãoense de Letras – AML, tive a honra de conhecê-los todos pessoalmente, alguns ainda menino: Adinor Cordeiro de Souza, Nelson Bittencourt Prado, Eloy Maciel, Eliseu Simões Mendes, Dikson Fragozo Veras, Constantino Lisboa Medeiros, Horácio Amaral, Aracyldo Marques, Ethanil Bento de Assis, patronos fundadores, cuja história não se restringe as lides literárias, é nossa história mourãoense e do Centro-Oeste paranaense.

José Eugênio Maciel | [email protected]

* As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do jornal