Maurício de Souza, o pai da turma brasileira
“Quero viver cada dia com um sonho para realizar”
Maurício de Souza
O gosto e o hábito da leitura de milhões de brasileiros, de todas as gerações, se desenvolveram graças às histórias em quadrinhos da Turma da Mônica, criada há 60 anos por Maurício de Souza.
No último dia 27 de outubro ele completou 90 anos. Nasceu em 1935 na histórica e interiorana cidade paulista de Santa Isabel, que tem cerca de 60 mil habitantes. Não é exagero algum, o Brasil inteiro comemora parabenizando embevecido esta que uma das maiores referências no mundo na história em quadrinhos.
Escritor, desenhista e empresário, desenvolveu o prazer de conhecer e contar histórias que lhes foram narradas pela avó. O pai dele também contribuiu muito na formação do Maurício, o seu Antônio Maurício de Souza, barbeiro, casado com Petrolhina Araújo de Souza, ele era poeta e compositor, Maurício nasceu e cresceu cercado por livros e absorveu a profusão cultural na família.
Todo o brasileiro muito bem sabe quem é Maurício de Souza, o pai da Mônica e dos demais personagens, gerações e gerações leram e muito as histórias em quadrinhos. Aliás, muitos foram estimulados a ler e se tornaram leitores, sempre assimilaram encantados pelo conteúdo, “moral da história”.
É muito comum pais transmitirem aos filhos a importância da Turma da Mônica, e não se trata de apenas se fazer ideia dessa turma, mas sim um amplo conhecimento dos personagens, suas histórias, o contexto e o significado como valor cultural, educacional, bem mais do que simples (e saudável) entretenimento.
A única polêmica, superada por vários pontos de vista, é em relação ao Chico Bento, personagem caipira que pronuncia muitas palavras que não fazem parte do vocabulário oficial de nossa Língua Portuguesa, e que poderia ensinar errado as crianças. É para isso que tem os pais e professores, para orientar as crianças, que se trata de um personagem, além de permitir e respeitar as nossas origens de um Brasil ainda hoje muito da vivência do campo e baixa escolarização.
Pelos seus personagens todos, a forma como é profissional e ser humano, além de ser um brasileiro extremamente importante da nossa cultura, Maurício de Souza tem um enorme e peculiar carisma e, sem exagero, é uma espécie de pai de todos nós que fomos crianças e temos a gratidão e memória afetiva que se entrelaçam na criançada de hoje.
No mundo todo o que o Maurício de Souza faz é chamado História em Quadrinhos – HQ. Apenas no Brasil que chamamos as revistinhas de Gibi. Qual o verdadeiro motivo? A resposta está em Reminiscências em Preto e Branco.
Fases de Fazer Frases (I)
Alento para talento? Não pode sempre ser lento.
Fases de Fazer Frases (II)
A ilusão não carece de mágica.
Fases de Fazer Frases (III)
Nem tudo que tendes, pretende, atendes.
Fases de Fazer Frases (IV)
Não confundamos: Acrobacia com a cor da bacia.
Fases de Fazer Frases (V)
Não confundamos: A Ana da lista com a analista.
Fases de Fazer Frases (VI)
Não confundamos: Manobrando com o Mano brando.
Fases de Fazer Frases (VII)
Palavras certas são mais importantes que a hora certa?
Olhos Vistos do Cotidiano (I)
“Fábrica” de suco, é o texto lido por um dos patrocinadores do Globo Rural, último domingo. Ao relatar toda a cadeia produtiva, empregaram a referida palavra. Em vez de fabrica, o correto é a industrialização do suco.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
A educação deve ser prioridade de todos os governos, inclusive os municipais. Menos para os prefeitos de Fênix, Moreira Sales e Nova Cantu. Segundo o Tribunal de Contas do Estado, os atuais “gestores” têm pendências ainda não sanadas, e correm o risco de terem bloqueadas as verbas oriundas do Fundeb – Fundo de Manutenção da Educação Básica. Falta vontade e determinação políticas? É incompetência?
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
No encontro de carros antigos e de colecionadores no final de semana passado, valeu a pena, tudo muito bem organizado. Um dos mais animados e desde há muito apaixonado pelas relíquias, é o amigo Danilo Spak, de família tradicional mourãoense.
Farpas e Ferpas (I)
Não dê as costas aos inimigos. Não dê nada o que não puder ter de volta.
Farpas e Ferpas (II)
Na vida só não passa o que não veio.
Farpas e Ferpas (III)
Pode-se duvidar de tudo, desde que não tenha certeza de nada.
Sinal Amarelo (I)
Não duvides somente da memória dos outros.
Sinal Amarelo (II)
Para ser fiel, esqueça onde guardou os segredos.
Trechos e Trechos
“O tempo não comprou passagem de volta. Tenho lembranças e não saudades”. [Mário Lago].
“Ninguém será generoso se não for, ao mesmo tempo, justo”. [Cícero].
Reminiscências em Preto e Branco
Em relação ao tema principal da Coluna de hoje, no Brasil revista de história em quadrinhos é chamada de Gibi. Há 85 anos foi criada a primeira história em quadrinhos e o personagem era chamado de Gibi, menino preto e pobre, que acabou virando sinônimo de História em Quadrinhos.
E tal escolha era carregada de preconceito, termo que, para muitos, foi superado. Tem dicionário que registra a palavra com o seguinte verbete: Negro, tipo feio e grosseiro.

