Recado direto

Matéria que está sendo veiculada em jornal televisivo, mostra a visita de cooperativistas do Paraná às regiões produtivas de soja e milho nos EUA. Oportunidade para eles perceberem que apesar de carregarem o Brasil nas costas, nestes períodos em que tudo por aqui está em baixa, especialmente a produção industrial, ainda o país tem muito a evoluir para que as commodities brasileiras, que à  custa de muito esforço dentro das porteiras  têm competido com o que se produz no exterior, chegue ao nível ideal. O que os produtores brasileiros podem fazer eles têm feito, mesmo com menor acesso a equipamentos sofisticados. Já no que eles dependem do governo a diferença chega a ser vergonhosa. Cooperativas americanas com trens passando na propriedade em direção aos centros de consumo ou aos portos, dispensando o enorme volume de caminhões que transitam por aqui em estradas sofríveis,  encarecendo os produtos;  quando não, as safras transportadas por hidrovias. Em ambas as modalidades com preços 5, 6 vezes inferiores aos que se pratica aqui. Além disso os portos, com equipamentos modernos e armazéns de alta capacidade, sem sofrer as caras e desencorajadoras esperas para embarque que se observa aqui. Enfim infraestrutura com letra maiúscula.  O problema começa a ser mais sentido agora com o aumento ainda maior de produtividade de soja e trigo nos EUA, trigo no Canadá e Rússia, o que reduz o preço de tais produtos, retirando a competitividade das commodities brasileiras, que sempre salvaram a economia da Pátria. O recado é direto: ou o país investe em outros modais de transporte como ferrovias e hidrovias, além de rodovias e  portos, ou ficamos definitivamente para trás.

Apoio inconsequente

Quando esta coluna estiver nas bancas, a Argentina já terá vivido sua Dia D. Ou  achado uma solução atenuante para a situação de sua dívida ou mais uma vez marcada pelo calote.  De nada terá adiantado, se uma solução aceitável não tiver sido negociada, o apoio moral recebido dos presidentes sul-americanos participantes do Mercosul reunidos em Caracas. A intolerância de todos, inclusive a presidente Dilma com a atuação dos fundos abutres, não merece condenação. É do jogo! Entra quem quer! Por que não ter a mesma indignação com os juros cobrados no cartão de crédito por aqui?

Caminho perigoso

De fato a situação criada com a implantação do auxílio-moradia para magistrados, começa a ir para o  perigoso caminho da galhofa, diria o Stanislaw Ponte Preta  (jornalista Sérgio Porto) com seu humor ácido que tanta falta faz neste momento. Depois dos procuradores seguirem pela mesma trilha, agora aventa-se, por intervenção da Amapar (Associação dos Magistrados do Paraná), a extensão dos benefício (aproximadamente R$ 4 mil mensais) aos aposentados.

Em causa própria

O bem informado Celso Nascimento levanta a hipótese de, como promete o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, os pedidos formulados por magistrados aposentados  serem indeferidos . Restará o recurso ao Órgão Especial (25 desembargadores). Como alguns estão se aproximando da aposentadoria poderão votar em causa própria. Logo virão atrás os aposentados do Ministério Público. Ah, essa tal de simetria, num país que convive com o Movimento Brasileiro dos Sem Teto!

Espada de Dâmocles

É discussão para ocupar toda a campanha, a prevalecer a tradicional agilidade com que processos são julgados no Brasil. Requião conseguiu liminar na Justiça. Obriga os peemedebistas que se manifestaram contra sua candidatura a seguirem a orientação da convenção partidária vencida por ele; muitos  preconizavam apoio a Beto Richa. Se a infidelidade persistir, medidas judiciais serão tomadas contra os infiéis, ameaça o advogado do grupo requianista, Luiz Fernando Delazari. Entre as punições cabíveis,  a cassação do registro de candidatura e expulsão da sigla. Como ainda cabe recurso e o deputado Osmar Serraglio afirma que é apenas uma advertência de Requião, já que a infidelidade ocorre em outros estados, resta saber quem se arrisca a perder o mandato, se eleito! Saber se  o  próprio Serraglio,  constestará a liminar judicial!