Tratamento desigual

As dificuldades vividas pelo governo estadual por razões que todos conhecem, obriga a edição de um decreto que impede as sete universidades estaduais de realizarem licitações até dezembro. Com evidente comprometimento a projetos que seriam criados neste semestre que se inicia, bem como a aquisição de insumos para o próximo ano. Poucos porém atentam para o fato de o governo, desde o mandato de Paulo Pimentel, ter que bancar universidades estaduais por não receberem investimentos do governo federal nesta área. A alegação da época: o Paraná é um estado rico. Paulo viu-se obrigado pelas exigências do crescimento do Estado, com suas regiões em franca expansão em função da cafeicultura, a implantar a UEPG (Ponta Grossa), a UEL (Londrina) e a UEM (Maringá). Outras, como a Universidade do Oeste, vieram a seguir, face ao fantástico desenvolvimento que as regiões e sudoeste experimentaram graças ao agronegócio: um  custo altíssimo anual para o governo do Estado.  Enquanto isso, Minas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul recebiam nada menos que 25 universidades federais. O Paraná ficou restrito à pioneira UFPR. Nem foi por falta de representatividade! Desde 1960 o estado teve dois ministros da Educação. Vários outros ministros até 2010 e só neste mandato, até dias atrás, três ministros representando o Paraná. Com pouco resultado para a área, como se vê, obrigando o governo estadual, premido por empréstimos que não vieram, a tomar a decisão limitante.

Aumentos que virão

A coluna já adiantou: quem quer que assuma os destinos do Brasil, eleito no dia 5 de outubro, vai receber algumas situações. Mesmo que seja a presidente Dilma, reeleita. A começar por aumentos que impactarão a inflação.  No geral, em nível nacional, 17% no preço da energia, anulando a redução de 20% concedida aleatoriamente pelo governo. Com previsão ainda pior para 2015. Outro setor represado que precisará sofrer aumento é o da gasolina, mantido artificialmente baixo, em prejuízo da Petrobras e do setor sucroalcooleiro. 

Na Justiça

Em poucos dias de campanha (início dia 5) cinco condenações já ocorreram contra candidatos que participam desta eleição. Imagine-se a quanto chegará quando o horário eleitoral for iniciado dia 28 de agosto, indo a campanha para o baixo nível que se imagina. Haja assessoramento jurídico, 24 horas por dia, para dar conta do recado.

Chapas incompletas

Apesar de contar com três nomes de mulheres nas chapas majoritárias das três maiores campanhas, no Paraná, uma candidata ao governo, Gleisi Hoffmann e duas candidatas a vice, Rosane Ferreira, com Requião ao governo e Cida Borghetti na chapa de Beto Richa, nem todos os partidos conseguirão atingir a reserva de 30% das vagas, previstas para o sexo feminino, conforme determina a lei eleitoral.

Uso político

Para se ter uma ideia do quanto a concessão do auxílio-moradia, somado à verba de alimentação concedida  a juízes e  desembargadores, logo seguidos pelos procuradores do Ministério Público, mexeu com a opinião pública, um candidato nanico ao governo que tivesse a coragem de entrar com uma ação contra esses privilégios, e usasse sua atitude politicamente,  nos poucos segundos de que dispõe no horário eleitoral, certamente obteria estrondosa votação.

Pesar

Velho companheiro na área jornalística e nos seis anos de Jaime Canet Júnior, como vice e como governador, onde tivemos o prazer de conviver diariamente, o colunista registra com imenso pesar o falecimento de Pedro Stenghel Guimarães. Missão cumprida aqui na terra. Como locutor esportivo e colunista no jornal O Estado do Paraná (Do meu degrau nas gerais) e diretor do Depto. de Divulgação do Estado; Chefe de Gabinete do governador Canet Júnior e zeloso procurador do Tribunal de Contas do Paraná.