Lições desaprendidas
As trapalhadas que derreteram as ações da Petrobras, estão ficando como as notícias negativas da Copa: ninguém mais aguenta ouvir falar delas. Quanto mais os governistas tentam provar que nada aconteceu, inclusive desmoralizando as ações desenvolvidas pela Polícia Federal, Ministério Público e a Justiça Federal, mais essas entidades se aprofundam na investigação trazendo novos fatos à tona. Sabe-se agora que mais duas grandes empresas fornecedoras da petroleira, teriam feito depósitos nas contas do doleiro Youssef, na Suiça. Por sua vez o juiz federal paranaense Sérgio Moro, que responde pela operação Lava Jato, entendeu ser oportuno encaminhar as provas colhidas às CPIs que estão ocorrendo no Congresso. Entende que elas podem colaborar nas investigações quebrando o sigilo fiscal do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Maneira de envolver as CPIs, aumentando suas responsabilidades, na medida em que, até agora só procuraram blindar os envolvidos, inclusive a presidente Dilma, à época da compra da Pasadena presidindo o Conselho da estatal. Com a saída do ex-presidente Lula do governo, desapareceu o seu jeito de lidar com situações delicadas. Lula, foi especialista, quando no governo, em tirar problemas que desgastassem o governo de foco. Inventava uma nova situação que atraísse as atenções. Seus alunos não aprenderam a lição.
Balcão de negócios
Nesta campanha eleitoral q1ue se aproxima, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o PSol (Partido Socialismo e Liberdade), como o fazem sempre, lançarão candidaturas próprias à Presidência e aos governos estaduais. Embora disponham de pouco espaço nos programas de TVs e rádios, usam tais segundos para propagar suas mensagens. O que deveria ser obrigatório a todos os outros. A maioria dos nanicos porém prefere vender seus valorizados segundos a preço de ouro.
Fim de semana monótono
Depois de um início surpreendente, com o Brasil conseguido uma vitória questionável mas importante, e o jogo Holanda e Espanha apresentando um resultado surpreendente que recoloca o carrossel holandês no cenário futebolístico, algumas partidas sem expressão marcarão o fim de semana. Afora Itália x Inglaterra, o fim de semana da Copa tem tudo para ser monótono. De qualquer modo, serão poucas as emoções dessa competição que tanta confusão gerou no país. Para os curitibanos, o esvaziado interesse de Espanha e Austrália nem justifica mais os incômodos dessa segunda-feira, primeiro jogo na questionada Baixada.
Mero espectador
O PMDB não para de surpreender. Depois de marcar uma convenção seccionada em duas, 20 e 29, volta atrás. Decide tudo na primeira. Denúncias de compra de votos com cargos no governo para delegados do partido, mais situações irregulares podem ocorrer. Requião continua firme na tentativa de disputar mais uma vez o governo. Se não receber apoio em sua pretensão ficará numa posição difícil. Não tem como apoiar Beto e, com os desentendimentos passados (denúncia de superfaturamento em obras) com o marido de Gleisi, ministro Paulo Bernardo, ficará difícil explicar apoio à candidata do PT.
Homenagem evitada
As vaias/xingamentos contra a presidente Dilma Rousseff na abertura dos jogos da Copa, continuam dando pano pra manga. A presidente garante que para quem já sofreu tortura física, xingamentos não a atingem. Os adversários, embora condenem a grosseria, admitem que pelo estilo arrogante com que governa, colheu o que plantou. Esperto foi o ex-presidente Lula, principal responsável pela Copa no Brasil: preferiu ficar com os familiares em casa assistindo o jogo pela TV. Se presente ao estádio seria devidamente homenageado.
Tragédia repetida
Alvo de manifestações críticas dos políticos paranaenses pela sua inexpressiva presença no Paraná, no momento em que o estado vive uma tragédia provocada pelas águas das chuvas, o governo federal apressa-se em mostrar suas contribuições ao estado, nessa tragédia que o fustiga. Segundo o Ministério da integração as várias ajudas encaminhadas ou a encaminhar ao Estado, somam R$ 3,9 milhões. Ainda assim bem longe do prejuízo total que pode chegar ao bilhão. Ainda no sábado, com metade de União da Vitória em baixo d’água, 12 mil pessoas desalojadas, e expectativa de mais chuva, o temor era a repetição da tragédia de 1992.
