O verde/amarelo é nosso!

Nessa divisão que toma conta do sentimento dos brasileiros em relação à Copa, com a grande maioria discutindo mais as malfeitorias que as benesses, agravada em Curitiba pela informação de que R$ 1 bilhão deixou de ser incorporado em obras aos seus legados (obviamente sem contabilizar o preço do metrô), há apenas oito dias de seu início, uma reflexão é necessária: os que para aqui vem, nada tem a ver com os conflitos políticos internos. Vem conhecer as belezas de um país abençoado por Deus como cantava Jorge Bem, antes de ser Jor. Não é mais tempo, como bem lembrou num momento de extrema infelicidade a filha de um dos grandes beneficiários de tudo que o futebol produziu: o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Tudo o que tinha que ser roubado, já foi. Melhor dizendo, desde o tempo de seu pai e de seu avô, João Havelange, que durante décadas dirigiu a Fifa, sendo por ela escorraçado. Imagine-se com o espírito mercantilista que ainda reina na agremiação internacional, o que deve ter aprontado! Só faltou ela completar com a frase famosa da atual ministra, sexóloga Marta Suplicy: relaxe e  . O melhor a fazer agora é seguir o ensinamento de uma jornalista amiga: O verde e amarelo é meu! É nosso! Não vou privar minha filha de torcer pelo Brasil, de enfeitar casa, carro, sair com bandeira pelas ruas, como todos os brasileiros fizeram, até quando a Copa foi realizada durante o regime militar. Está carregada de razão! O verde/amarelo não é de gente, como querem fazer crer, que até muitos anos atrás pensava em colorir o país com as cores de Cuba. Vamos receber os turistas com a cortesia que sempre foi característica deste país, antes de se envolver nesse mar de lama espalhado por políticos e empresários que pensam serem ungidos, com direito a se apropriarem de tudo que este país tem. Pelo menos do povo, que é nosso melhor patrimônio e das cores sagradas da bandeira, não!

Renovar, como!

A atual situação que envolve o PMDB, na disputa local, traz à baila o DNA do poder que sempre perseguiu. Basta ver o fato de, por aqui, não serem seus jovens valores os candidatos. Em outras partes, também não oferece o partido espaço para renovação. Basta olhar os sobrenomes na disputa: Eduardo Braga (Amazonas); Renan Filho (Alagoas); Eunício Oliveira (Ceará); Paulo Hartung (reeleição) (Espírito Santo); Íris  Rezende (contemporâneo de Matusalém) (Goiás); Helder Barbalho (Pará); Luiz Fernando Pezão (reeleição) (Rio); Henrique Alves (R. G. do Norte); Jackson Barreto (reeleição) (Sergipe); Marcelo Miranda (Tocantins). O prezado leitor vê renovação possível! 

 Mudanças urgentes

Terminada a Copa, qualquer que seja o seu resultado, é preciso rever os métodos de licitação neste país, para não continuar a se repetir os erros e desvios de agora! Transparência, ampliação da relação entre estados e municípios com a União, avanço na elaboração dos projetos de engenharia, precisam ser destacados. De outro modo, continuaremos a ser um país de improvisos e corrupção.

Ungido pela sorte

Um nome que tem-se beneficiado dentro do PMDB com as indefinições regionais é o do suplente de senador Sérgio de Souza. Por ser pupilo de Orlando Pessuti, nome que nesta indefinição ficou valorizado, por poder ser decisivo, e pela excelente participação de Sérgio no Senado, em substituição a Gleisi Hoffmann, quando ministra Chefe da Casa Civil. Se Requião for o candidato ao governo pelo PMDB, pode cair no colo de Sérgio, uma vice-governança.

Cartada inteligente; homenagem merecida

A inteligente cartada política do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni, propondo um voto de cidadania honorária paranaense ao futuro ex-presidente e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, se aprovada pelo Plenário, vai desencadear uma torrente de homenagens a esse brasileiro de origem simples que, ao chegar ao topo de carreira, teve a ousadia de desafiar os poderosos de plantão, recuperando a esperança do povo brasileiro em que este país tem jeito.