Indagações válidas
Até um ministro de STF pode aceitar ponderações sobre suas decisões; é um ato de grandeza. Reincidir no erro é que marca um defeito. Ao aceitar parte da ponderação do juiz Sérgio M oro o ministro Teori Zavascki agiu bem. Afinal o grupo preso na Polícia Federal já deu provas suficientes de não ser confiável. Suas atividades profissionais os habilitam a sumir do país, em condições de sobreviverem lá fora sem serem molestados. A manutenção da liberdade provisória concedida a um dos aprisionados, exatamente pela sua importância e por ser o elo de ligação entre o doleiro e sua ex-empresa a Petrobras, onde supostamente teria exercido práticas pouco recomendáveis, é a dúvida a ser sanada. Isto porque Paulo Roberto Costa ao ser surpreendido, supostamente estaria desfazendo-se de provas que seriam fundamentais ao processo hoje em andamento na Polícia Federal. Outro aspecto é a determinação do segredo de justiça, determinado pelo ministro: o ponto em que se encontram as dúvidas levantadas sobre a administração da petroleira brasileira são hoje de interesse da opinião pública brasileira. Senão vejamos: cabe ou não responsabilidade à presidente Dilma em relação à compra da Pasadena. Ela, o ministro Mantega, a presidente Graça Fortes, com expressões diferentes informaram que a compra, no momento em que foi realizada, teria sido um negócio suspeito. Não importa que agora, decorridos oito anos, as circunstâncias a estejam transformando em autossustentável, como afirmou o seu ex-presidente José Sérgio Gabrielli em depoimento desta semana. Houve ou não à época uma ação condenável movida por quais interesses! Quem dela se beneficiou! Paulo Roberto e Cerveró sempre estiveram presentes, acrescidos agora de ligações com o doleiro Youssef. Não são assuntos a passarem batidos!
Arrogância mal sucedida
Para variar a CAP/AS, empresa de administração formada pelo presidente do Atlético Paranaense para tocar as obras da Arena, ao seu estilo ditatorial, sem dar satisfação a ninguém, muito menos à imprensa expulsa por ele das instalações, vai entregar a obra à Fifa com dois anos de atraso, e ainda em andamento. Dois setores pelo menos, não ficarão prontos: as instalações para a imprensa que precisarão ser improvisadas e serviços de telefonia e banda larga. Além do teto retrátil que foi descartado.
Bateu, levou!
Uma das últimas pérolas produzidas pelo folclórico M. C. Petraglia, foi dita em entrevista à rádio Atlético à guisa de explicação à torcida pela falta de recursos a serem investidos no time. Só se eu fosse o rei Midas e transformasse cocô em ouro! Caberia uma resposta: Nesse caso haveria ouro à beça pois cocô não faltou!
Família desunida?
Aparentemente desunida por estar cada um numa legenda diferente, a família Barros faz dessa desunião a sua força. O cenário estadual volta a alimentar a candidatura do ex-prefeito de Maringá, Sílvio Barros (PHS) ao governo. Por enquanto contando com o apoio do Pros, partido dirigido no Paraná por sua cunhada, deputada Cida Borghetti. Resta saber se terá apoio de Ricardo (PP) ou este fará a ponte no apoio geral a Beto Richa.
Nenhuma dúvida
Aventada a possibilidade de Marcelo Almeida ter seu nome referendado como candidato ao Senado, caso o grupo de parlamentares do PMDB que apoia a candidatura de Beto Richa seja vencedor na convenção partidária, para que não tenham que apoiar o candidato oficial do PSDB, Álvaro Dias, Marcelo rechaçou a hipótese: Serei candidato ao Senado com Requião ao governo; ou não serei candidato a nada!
Em choque
Mais racista impossível: a separatista moda das cotas agora chega ao serviço público. Aprovados 20% nos concursos públicos para negros e pardos; depende apenas da sanção presidencial. Com algumas restrições: a identificação falsa prevê a eliminação, mesmo depois de nomeado, por exemplo. A cota vale em concursos para administração federal direta e indireta, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
