Pressa repentina
De repente, não mais que de repente, situações por cujas soluções o brasileiro clamava ante os ouvidos de mercador de Governo e Congresso, começam a ser votadas. Iniciou-se pela definição da corrupção como crime hediondo. Curiosamente neste item, se votada a dois anos atrás, quem agora a colocou em votação não estaria na presidência do Senado. Assim também o desejo da presidente Dilma que derrotada no projeto inicial de divisão de royalties do petróleo, retornou às Casas de Lei dirigindo o total de valores a serem obtidos no pré-sal à educação, foi alterado com parcela de 25% para à saúde, mas aprovada a toque de caixa. Quase que simultaneamente, grande agitação ocorria no Palácio do Planalto. Reuniões apressadas tentavam encontrar resposta às reivindicações populares, como a reforma política. Assunto que muitos governos, anteriores, ignoraram e para o qual este fazia vistas grossas. Não se muda time que está ganhando, nem os métodos pelos quais se chegou á vitória, deve ter sido o raciocínio que predominou nestes dois anos e meio, quando se preparavam para tranqüilamente completarem este mandato e se habilitarem a outro de 4 anos. Da correria saiu a ideia do plebiscito, certamente tirada da cartola de João Santana. Com as dúvidas surgidas no aspecto jurídico do projeto, algumas mudanças para dar ao povo a sensação de que está virando protagonista da decisão que vier. Na realidade esse povo, virou protagonista com sua imprevista saída às ruas, na intensidade inimaginada. Resta saber a reação a esse plebiscito a ser preparado com a pressa que o momento exige.
Acordar sonolento
Não foi apenas o povo brasileiro que acordou como gritaram (e continuam gritando) nas ruas os jovens brasileiros que, inclusive, conseguiram tirar de seu comodismo alguns mais idosos. Com seu alarido conseguiram acordar também as autoridades que descansavam em berço esplêndido, parafraseando o Hino Nacional, que imaginavam, escrito parcialmente para eles.
Período literário
Depois do lançamento do novo livro de Aroldo Murá, Vozes do Paraná, numa noite em que a elite intelectual de Curitiba se fez presente, o sucesso da peça baseada no premiado O filho eterno de Cristóvão Tezza, completou a semana que passou. Hoje , no MON, às 19 horas, outro consagrado autor paranaense, o londrinense Domingos Pelegrini, autografa o seu Terra Vermelha, delicioso romance que descreve a saga dos que construíram a fantástica civilização chamada Norte do Paraná. Imperdível.
Registros fundamentais
Defensor intransigente da necessidade de se ampliar o registro das conquistas, não apenas do norte mas, de todas as regiões do Paraná, este colunista que tem dado pequenas contribuições a essa História, sonha com o dia em que as autoridades resolvam dar apoio a iniciativas como a do consagrado Domingos Pelegrini. Da leitura de Terra Vermelha se tirará a importância que gente como Hosken de Novais, Celso Garcia Cid, Álvaro Godoi, têm na História do Paraná.
Honra ao mérito!
Muitos outros nomes do norte, do sul, do oeste, de ontem e de hoje, mereceriam ser destacados em registros. Inclusive um grande número que não se envolveu na política do Estado mas deu contribuições expressivas a seu engrandecimento empresarial. Além de profissional e intelectualmente. Pessoalmente, o colunista que conhece muito o Paraná, está tentando levantar muitos desses nomes para que o jornalista e escritor Aroldo Murá, os inclua na sexta edição de seu Vozes do Paraná.
Em choque
Por sua formação heterogênea, com gente de todos os quadrantes do país e do mundo colaborando na formação deste grande estado que o inesquecível professor Bento Munhoz da Rocha Neto descreveu como o cadinho do Brasil, enquanto não tiver sua própria História, o Paraná será tratado com o desrespeito de hoje, no cenário nacional.
