Atento ao perigo
Os recentes desdobramentos da tentativa do governo estadual de atrair o apoio do PMDB, deixando de fora apenas a ala que permanece fiel ao senador Roberto Requião, pode acabar em pouco mais que o apoio de parte dos deputados estaduais. Agora que Orlando Pessuti, depois de desgastante espera, acabou por declinar do convite para assumir a presidêcia da Sanepar, resta a expectativa da confirmção do convite feito ao deputado Cheida para a Secretaria de Meio Ambiente. Assunto que já deu pano pra manga e que pode, se não confirmado atrair mais alguns adversários. O rumo pelo qual o assunto caminhou desgastou também o deputado, seja qual for o rumo que tome. A anunciada ida de Ghignone para a presidência da Copel e agora o anúncio de seu retorno à Sanepar, cria um capitus diminutio para o atual presidente da companhia energética. A retirada de projeto governamental enviado à Assembleia, por sugestão do próprio líder do governo, ante a ameaça da bancada do PMDB de votar contra, tudo isso está a demonstrar que Euclides Scalco está fazendo falta ao governo do afilhado. Até porque ele é uma das melhores cabeças pensantes da política paranaense, que recentemente já perdera Affonso Camargo Neto e anteriormente, Aníbal Khury. Não se cria conselheiros como esses do dia para a noite! Tais episódios só não são mais negativos pelo fato de, pelo menos Ratinho Jr. e seu momentâneo prestígio ter sido acoplado, assim como o do PSD de Reinhold Stephanes, hoje engrossando o staff governamental. Uma verdade há que se acrescentar a favor da administração de Beto Richa que pelo menos começa a ter mais visibilidade em obras, através boas campanhas publicitárias, compensando o tempo perdido com jogadas políticas infrutíferas. Importante, pois o tempo urge! Já começam a soprar os ventos de 2014 e os adversários como se sabe, não mandam rosas.
Estranho pedido
Para um governo criticado pelo próprio Tribunal de Contas por estar aproximando-se perigosamente do limite prudencial em relação aos gastos com a estrutura de pessoal, o pedido do TC para criação de mais 22 cargos em comissão (de livre indicação, sem concurso) na Casa fiscalizadora, beira à incoerência. Se aprovado pela Assembleia custará mais R$ 2 milhões de reais ao cofres públicos.
Sensacionalismo…
Sem entrar no mérito do inquérito que é conduzido pela Polícia Civil, agora sem o sigilo judicial contra o Hospital Evangélico, uma instituição à qual o Paraná tanto deve, pelo menos da exploração midiática e do espetáculo montado no aspecto policial, essa entidade poderia ter sido poupada. Ao convocar a imprensa o segredo de Justiça não foi respeitado.
…midiático
O aparato policial exposto ao Brasil pelas TVs, rádios e jornais, com pelo menos 15 policiais armados e com mãos às armas num nosocômio em que outros médicos, funcionários e pacientes que nada tinham com o assunto não foram respeitados, para prender gente que tem endereço residencial conhecido, foi no mínimo um abuso. Apesar da posição da Associação dos Delegados em defesa de sua colega.
Recado entendido
Há um provérbio sertanejo que diz: bater na cangalha pro burro entender. Parece que as inúmeras manifestações, de toda ordem e através todos os veículos de comunicação, com críticas à escolha de Renan e Henrique Alves para a direção das duas Casas do Congresso, surtiram efeito: pelo menos é o que as medidas que ambos anunciam para criar uma agenda positiva. A começar pela extinção do 14º e 15º salários.
Em choque
A eleição do senador Sérgio Souza, do PMDB do Paraná para a vice-presidência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, faz renascer a confiança do governo paranaense que a análise do empréstimo de US$ 350 milhões do Bird ao Paraná será apressado. Sérgio garante que interferências políticas não irão prejudicar o andamento da matéria. Outra fala do agrado do empresariado é a preocupação do senador com a redução do chamado custo Brasil.
