Autofagia: um mal paranaense

Uma interessante entrevista do competente deputado federal, que agora, depois de ocupar ministérios e cargos de importância em vários governos, inclusive os revolucionários, assume a Casa Civil do governo do Estado, Reinhold Stephanes, à Bandnews, é elucidativo. Não apenas pelas explicações que deu sobre o trabalho que lhe foi confiado, transformando a Casa Civil numa supersecretaria, encarregada principalmente de aglutinar o trabalho de todas as outras da área executiva, como também de romper a grossa camada da burocracia brasileira.Um desafio e tanto, para tentar fazer deslanchar dezenas de projetos até agora emperrados. Burocracia que no entender do agora vice-governador de São Paulo, em nosso país cria dificuldades para vender facilidades. Um dado importante da entrevista foi a prova que deu de quanto a autofagia na política paranaense, tem prejudicado o Estado. Os exemplos explicitados por Reinhold são definitivos. Enquanto outros estados, inclusive muitos que pouco contribuem para o caixa do governo central, obtém grandes resultados, o Paraná fica sempre a ver navios. Reinhold ilustrou suas afirmações com dois episódios. Quando Karlos Rischbieter deixou o ministério da Fazenda (episódio que a coluna já contou aqui), ao regressar a Curitiba, apenas o próprio Reinhold o aguardava no aeroporto. Já a posse de Reinhold pela segunda vez no Ministério da Previdência, foi prestigiada por pouquíssimos paranaenses. Governador, senadores, nem pensar. Em compensação, quando passou o cargo a um baiano, quem era baiano importante estava prestigiando o ato. Ilustrativo, não!  A recente atitude de Requião, apoiando empréstimos a outros estados e cerceando o do Paraná, encaixa-se no figurino.

Etnia Alemã

O deputado Elio Rusch lembra hoje a passagem do dia dedicado à Etnia Alemã. Data que por iniciativa dele foi inserida no calendário de eventos aprovado pela Assembleia Legislativa do Paraná. A data merecerá um pronunciamento do parlamentar, ressaltando a contribuição dos de origem germânica na evolução social e econômica do Paraná.

Estado privilegiado

O evento traz à memória a figura do eminente pensador paranaense, Bento Munhoz da Rocha Neto, um dos homens de maior expressão intelectual deste Estado. É dele a frase histórica: O Paraná é o cadinho do Brasil. Aqui, todas as raças se fundem.

Durma-se com…

Ansiosos por derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff, ao projeto aprovado no Congresso com a nova distribuição dos royalties do pré-sal (apenas três estados que mais se beneficiam hoje, também estão contra), os congressistas vão primeiro se haver com os 3.210 vetos presidenciais (de vários presidentes) que ficaram para traz.

…um barulho desses

A confusão é tamanha que parlamentares chegaram a sugerir a votação em bloco dos vetos. Já o governo pede aos submissos congressistas que se abstenham de votar o orçamento, enquanto não houver  definição do plenário do STF sobre a questão de votação dos vetos.

Atentado

A tentativa de assalto ao ex-prefeito de Curitiba, Saul Raiz (83 anos), que culminou com tiros disparados pelo marginal que atingiram seu ombro e braço, causou comoção nos paranaenses. Felizmente o seu estado de saúde

é considerado estável. O lamentável atentado se insere na crônica de violência que grassa no país. Curitiba e o Paraná não são exceções. A discussão agora é sobre o não atendimento a Saul no Hospital São Vicente.

Em choque

As medidas de governos, como a adotada pelo Paraná que fará incidir maior ICMS sobre bebidas, especialmente entre os estabelecimentos que trabalham com vinhos, foi mal recebida. O aumento vai aumentar o contrabando, especialmente do Paraguai e Argentina, argumentam os empresários, na maioria pequenas empresas inscritas no Simples. Vinho contrabandeado já é o nosso maior concorrente afirmam.