Mudanças

Embora as duas vitoriosas campanhas do primeiro turno em Curitiba tenham sido baseadas na necessidade de retomada da criatividade na administração da capital, que fez dela exemplo a ser seguido inclusive em nível internacional , é igualmente sabido que mudanças nem sempre são bem aceitas. Jaime Lerner quando transformou a antiga rua XV, acessível a carros que disputavam espaço com pedestres, num calçadão, enfrentou severa resistência dos comerciantes da região. A ponto de ter feito a mudança praticamente na calada da noite. As críticas continuaram por algum tempo até que o fantástico trânsito de pedestres adaptasse o comércio da nova Rua das Flores. Um ganho extraordinário para a capital que, por sinal, perseguiu várias outras áreas, especialmente o trânsito, com suas canaletas reservadas aos ônibus, privilegiando o transporte coletivo. Como sempre acontece quando a criatividade desaparece, coisas do passado. A modernidade exige outras soluções para novos problemas. Poder-se-ia agora ironizar lembrando que o novo também deve ser implantado na política, que lamentavelmente continua a viver dos mesmos métodos, durante as administrações que privilegiam os cupinchas, não importando a qualificação, e os métodos eleitorais. Daí talvez o mérito de um Lula que reconquistou o comando de São Paulo com o lançamento de alto risco de um nome novo (embora de capacidade duvidosa a se avaliar sua passagem pelo Ministério da Educação). Jogou em cima da incapacidade do adversário (PSDB) de se renovar. Fica nas mãos de Haddad demonstrar a competência que lhe faltou no MEC. Voltando ao tema inicial, Gustavo Fruet já sofre questionamentos  por adiar o metrô, um projeto que se implantado deverá se somar a outros modais, não substituí-los como pretendia a atual administração. Metrô por baixo e canaletas em cima garante solução para mais 30 anos. Não precisa ser técnico; até jornalista vê isso!

Mais união; menos autofagia

A propósito de projetos atrasados, e os há às centenas no país, especialmente na infraestrutura, vale lembrar um  levantado na reunião da Caciopar (que reúne Associações Comerciais do Oeste do Paraná)  pelo deputado Elio Rusch. Preconiza  a reunião de todas as lideranças políticas da região (a coluna defende união política do Estado) em torno da construção do novo aeroporto internacional do oeste. Isso implica em acabar com a autofagia que tanto mal tem feito ao oeste e ao Paraná como um todo.

Direito adquirido

Batalha que do empresário, hoje deputado federal Alfredo Kaeffer, de há muitos anos. Só quem conhece o Paraná como este colunista, conhece o potencial da região que em poucos anos ajudou o estado a se transformar num dos celeiros do Brasil, que a visão do inesquecível Bento Munhoz da Rocha Neto, já antevia. Tudo que se fizer, não apenas novo  aeroporto, opção para Foz do Iguaçu e países limítrofes, naquela região, em pouco tempo estará superado. Como superado está o aeroporto de Cascavel, este construído de través em relação aos ventos dominantes. Razão de recentes paralisações.

Antecipação

Como esperado e até previsto aqui, quando se afirma que Carlos Massa Jr.- Ratinho Jr.) não pode mais ser ignorado como forte liderança que emergiu desta eleição curitibana, as especulações que já projetam os protagonistas de 2014, incluem Carlos Massa como vice numa das chapas. Como Beto Richa ao pleitear a reeleição já conta com um vice de respeito, Flávio Arns, a opção será na chapa de Gleisi Hoffmann. Uma dupla a ser respeitada, até porque o deputado volta a Brasília fortalecido na base de sustentação do governo Dilma.

Em choque

Outro que deve ocupar espaço no governo federal, à partir de janeiro é o atual prefeito de São Paulo. Embora saia da prefeitura paulistana debaixo de muitas críticas, o PSD que fundou e preside conta com expressiva bancada na Câmara Federal. Além do que teve desempenho melhor do que o DEM, de onde emergiu politicamente.