Oportunidade única

Municipalista por excelência e em função disso, defensor de maiores liberdades a estados e municípios para dirigirem seus próprios destinos, como seria de se esperar numa Federação em que o governo federal tivesse mais poderes em relação à política externa, disciplinando a relação entre seus federados, mas ingerindo menos em suas vidas. Isso numa democracia é fundamental. Os melhores modelos assim o praticam. Isso implicaria na redução dos órgãos federais, em repasse maior de recursos aos confederados para que assumissem responsabilidades das quais indevidamente o governo central  brasileiro se apossou. Isso é tão mais verdade, na medida em que o nosso é um país continental, com diversidade de toda ordem. Apenas a língua mater é única, porém com sotaques regionais.

A presidente Dilma que enfrenta no momento uma diversidade de greves no serviço público federal, tendo que em alguns valer-se das estruturas estaduais para evitar a danosa paralisação total de serviços essenciais, embora não totalmente, caso da liberação de cargas vitais estacionadas nos portos brasileiros, poderia aproveitar a oportunidade. Transformar o Brasil numa Federação. Transferindo aos estados e municípios algumas responsabilidades, com os respectivos recursos, de forma definitiva. Ao mesmo tempo enviar ao Congresso um projeto de reforma política que contemplasse inclusive a redução de eleições a cada dois anos. Sabidamente os períodos que antecedem eleições paralisam ações governamentais. Coincidência geral de mandatos de cinco anos, sem reeleição, evitando situações como as que o governo federal vive a cada período eleitoral e as pressões que os governos estaduais igualmente sofrem, impedidos porém de satisfazer às exigências de seus funcionários, pela proibição eleitoral.

Aumentos proibidos

O caso paranaense adquire ainda uma conotação especial: o limite de gastos com pessoal, imposto pela Lei de Responsabilidade Social, está em vias de ser superado. Gerando inclusive manifestação de alerta do próprio Tribunal de Contas. Situação que seria facilmente contornada em período econômico normal com aumento de arrecadação. Acontece que  mesmo sem viver as agruras de países do primeiro mundo, os reflexos da crise mundial já se fazem sentir por aqui.

Retorno

Superado o episódio da escolha do candidato a vice, na chapa liderada pelo atual prefeito Luciano Ducci, os partidos que compõem a base do governo Beto parecem ter digerido o episódio. O deputado Osmar Bertoldi (DEM) que se afastara da Secretaria de Habitação para disponibilizar seu nome, ficou poucos dias na Assembleia. Retornou ao cargo municipal.

PSD aquinhoado

A situação mais delicada fica por conta do PSD em que o nome de NeyLeprevost era cotado para a vice de Luciano. Isso não ocorrendo, ficou sendo o único partido forte da base betista a não ter sequer representação no secretariado estadual. Mudanças que ocorreram não tiveram caráter partidário. A situação foi contornada com a indicação de Jackson Pitombo para a Secretaria de Turismo, vaga com a saída do iguaçuense Faisal Saleh.

Decisão afinal

Além disso dá-se como certo que após a eleição municipal o cargo será repassado a Ney. Esse parlamentar ainda jovem, no primeiro governo de Jaime Lerner já ocupara  a Secretaria de Esportes, com invulgar brilhantismo. Fase de ouro dos esportes atléticos. Não surpreende pois  o anúncio agora oficial de que o PSD apóia a candidatura de Luciano Ducci. Decisão tomada pensando no que é bom pela cidade, segundo suas lideranças.

Em choque

Uma semana em Fortaleza foi suficiente para o colunista sentir o quanto o sul é ignorado na região norte do país. De Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre nenhuma informação transita pelos veículos locais. A impressão que se tem é de que o sul é outro país. Nem isso, pois informes sobre outros países ocupam bons espaços nos jornais locais. Mesmo com assuntos de menor importância.