Leis demais
O Tribunal de Contas do Paraná, mesmo que razoavelmente inchado como costuma ocorrer nas estruturas públicas da democracia brasileira, sujeita a pressões por empregos por parte de todos os eleitos, dá um bom exemplo. Num convênio com 7 universidades estaduais utiliza jovens acadêmicos para realizarem auditoria em prefeituras. Com um custo relativamente baixo se considerado o número de jovens e professores que participam do projeto que é incluído na grade dos cursos como pesquisa e extensão nas diversas áreas. Através o trabalho desenvolvido por eles, o TC conseguiu descobrir uma situação que o colunista, com sua experiência de homem do interior já conhecia: a prestação de serviços como compras, distribuição de medicamentos, gestão de lixo e transporte escolar em vários municípios do Paraná, deixa a desejar. Nem sempre se trata de desvio de recursos. O que falta é assessoramento condizente com a enormidade de leis editadas por Brasília, por parte de municipalidades que não detém recursos, ou por vezes gente qualificada para cumprir o excesso de exigências. Se grandes centros, contando com assessorias de alto nível, cometem erros mais das vezes por má fé, aos municípios pequenos faltam recursos para uma assessoria de alto nível. Daí os erros detectados por esses jovens acadêmicos, com o rigor que a idade, ainda não deturpada pelos vícios que o tempo incorpora aos funcionários, impõe. Já se disse aqui que a democracia brasileira é uma pirâmide invertida. O vértice dessa pirâmide fica no chão e a base (Brasília) no alto. Assim como já se disse aqui que o brasileiro vive na rua, bairro, cidade, para depois ter noção de estado e de Nação. Nação por sinal que centraliza tudo, repassando a estados e municípios as raspas dos banquetes brasilienses. Lá a burocracia produz leis aos borbotões, colocando em dificuldade os prefeitos para cumpri-las. Ao Tribunal de Contas sobra a tarefa de puni-los.
Representação…
Depois do fracasso da administração imposta pelo governo Requião ao escritório de representação do Paraná em Brasília, levando para lá o psicólogo que já não dera certo no Porto de Paranaguá, seu irmão Eduardo, obrigando o governo do Paraná a fechá-lo, uma reabertura com nova roupagem.
…reaberta
Beto escolheu para o cargo um paranaense com grande vivência na vida pública e também em Brasília: Amauri Scudeiro. Com visão da importância que escritório desse nível pode ter, assessorando não apenas o governo do Estado mas, especialmente, apoiando a bancada de deputados e senadores do Paraná na luta por recursos que mais das vezes o estado tem perdido. Grandes embates esperam a ação do novo representante do Paraná em Brasília.
Fora corrupção!
O Ministério Público do Estado, em parceria com a secretaria de Educação, grupo RPC de Comunicação, aos quais devem se juntar não apenas esta veículo mas entidades que querem ver a corrupção banida do Paraná, lança na sexta-feira o Movimento Paraná Sem corrupção.
O colunista tem certeza de que inúmeras entidades, Pró-Paraná, Associação Paranaense de Imprensa que este jornalista já presidiu, devem somar-se à causa, visando extirpar aqui, esse câncer que corrói as entranhas da vida pública brasileira.
Disputa mais acirrada
Para o advogado do PSC, cujo candidato à prefeitura de Curitiba, Ratinho Jr. pode ter sua candidatura contestada pela presença no ar, no período eleitoral, do Programa do Ratinho, confrontando artigo da Lei Eleitoral, não houve problema na campanha de 2010. Ocorre que a disputa agora é muito mais acirrada.
Em choque
O Paraná dá exemplo, iniciando suas atividades nas escolas públicas, com ações no ensino médio, visando atender aos jovens de 15 e 16 anos, que agora ou na próxima eleição darão seus primeiros votos. A partir do próximo dia 27 um site específico do Paraná Sem Corrupção estará no ar, aceitando adesões: www.paranasemcorrupção.org.br
