Simulação
Para quem esperava um aguerrido debate entre os partidos dos dois interrogados da semana, Marcondes Perillo e Agnelo Queiroz, a frustração foi visível. Ambos passaram pela CPI para tomar um cafezinho em ambiente amistoso. Poucos foram os momentos mais constrangedores. Situação aliás que a coluna já antecipara, na medida em que igualmente o PMDB tinha interesse em esvaziar o episódioo para evitar a coinvocação de seu governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, aquele da festinha do guardanapo em Mônaco, na agradável companhia do presidente da Delta. Hoje um personagem evitado por todos, como soe acontecer a quem cai em desgraça. `Por sinal que desgraça, no caso da empresa Delta, é pouco. Considerada inidônea, terá todos os seus contratos revistos e ficará impedida de realizar novos. As já existentes passarão para as empresas segundas colocadas nas concorrências. Situação que pode representar o não recebimento de mais de 1 bilhão já faturados. Além é claro de se transformar na principal personagem da CPMI que, agora, como esvaziado depoimento dos governadores, direcionará seu foco para a Delta e, por essa via atingindo muita gente. Inclusive podem voltar a esses e outros governadores e prefeitos. Como dito sempre, CPI sabe-se como começa, nunca como termina. Aí está como prova a CPI dos Correios, iniciada por uma cena de corrupção explícita, com um funcionário apanhado com a mão no jarro e encerrada com o mensalão e seus 38 envolvidos. Os próximos dias indicarão o rumo que irá tomar.
Mensalão de novo
Com isso as atenções voltam-se novamente para o STF, onde o julgamento do mensalão não tem mais como recuar. Sas tentativas de Lula em cooptar apoios dos Ministros foi desastroso; tanto quanto o de José Dirceu com a convocação da juventude esquerdista para ir às ruas defendê-lo, pressionando os ministros julgadores. Pior a emenda que o soneto.
Revanche?
Atingido em sua honra pelo PT, por não ter levantado antes os problemas envolvendo o senador Demóstenes Torres e o notório Carlos Cachoeira, o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, requereu ao STJ, autorização para investigar as atividades de Marconi Perillo e Agnelo Queiroz. As atuações do Ministério Público podem chegar agora, onde os partidos queriam evitar
FOLCLORE POLÍTICO
Maurício Fruet, já falecido, pai de Gustavo, atual candidato a ocupar o cargo que ele ocupou – a Prefeitura de Curitiba, foi retratado em livro dos jornalistas Sandra Pacheco e Hugo Santana – UM BRASILEIRO CORDIAL. Além de focalizarem suas ações político-administrativas, revelaram muitas das suas tiradas bem humoradas. Como a ocasião em que, como deputado federal visitou Rio Negro. Ao regressar a Curitiba deu carona no seu fuck a vereador local. Pediu se ele concordava em dar uma parada numa fazenda para visitar um amigo que estava em guerra com família vizinha. Maurício sabia que no local filmava-se um bang-bang nacional, estilo velho oeste. Título: E ninguém ficou em pé. Ao se aproximarem um terrível tiroteio. Maurício nem precisou pedir ao vereador que nesta altura já estava quase estirado no chão. Virou o carro, voltando para Campo do Tenente e comentou: Eu não disse. Vai dar morte. Só na outra campanha o vereador soube que se tratava de uma farsa.
