Novas maracutaias

Coisas estranhas estão acontecendo neste país, abençoado por Deus e bonito por natureza, como cantava Jorge Bem. Depois de ser identificada como a construtora que mais recebe obras do PAC, beneficiada com obras milionárias em vários estados, principalmente no Rio de Janeiro em que o governador e o presidente da empreiteira eram íntimos, a ponto de dançarem com guardanapos na cabeça  numa alegre festa em Paris, e também identificada como empresa das ligações suspeitas com Carlinhos Cachoeira, de repente, não mais que de repente, a Delta, ao ter seu sigilo fiscal quebrado pela CPMI do Cachoeira, anuncia que está à beira da falência. Antes de ser investigada entra com um pedido de recuperação judicial. Mais parece nova manobra dos ardilosos advogados que atendem, a peso de ouro, o próprio Carlinhos e seus asseclas. A justificativa apresentada pela empresa talvez até tenha algum fundo de verdade. Alega ela que em razão de notícias (veiculadas) várias administrações públicas estão deixando de honrar os pagamentos de obras executadas.  Se essa for realmente uma das razões, a cobrança judicial seria o caminho. Isso se as contratações resistissem a uma investigação. De outro modo, a divulgação do nome dos governos que suspenderam pagamentos, vale por um atestado de inidoneidade na licitação. Tirar o corpo fora significa medo de ser investigado. Outra alegação da Delta é que os entendimentos em andamento para que a J&B (aquela dos frigoríficos aos quais o BNDES associou-se) assumisse o seu controle, foram suspensos. Tratava-se de mais uma jogada em que o banco estatal certamente seria chamado a emprestar, como já o fizera na compra de vários frigoríficos, adonando-se de 39% das ações da J&B. Não será surpresa que nessas negociações atuem como  intermediários, alguns dos notórios acusados de participação na cúpula do mensalão. Daí a corrida ao Judiciário.

Artigo…

O ex-presidente da Associação Comercial do Paraná, Cláudio Slaviero parece verbalizar em artigo publicado na Gazeta do Povo de Curitiba, o desencanto dos empresários com o ex-presidente Lula. Basta atentar para  a frase inicial e se avaliará o estado de espírito desse empresário, quando afirma que uma das coisas de que se arrepende em seu mandato, foi ter convidado o ex-presidente Lula a ser palestrante junto ao empresariado local.

…instigante

Depois de discorrer sobre uma série de promessas não honradas pelo ex-presidente Lula,  faz uma acusação direta ao enriquecimento do filho de Lula que em seus mandatos passou de zelador de zoológico a acionista proprietário de uma grande empresa.Uma afirmação que certamente mereceria resposta, se o ex-presidente respondesse a alguma coisa! No recente caso com o ministro Mendes, desmentiu mas de novo não explicou.

Boa medida

O deputado Raska Rodrigues (PV) insiste com seu projeto em favor do correto descarte das embalagens de itens da linha branca como geladeiras e fogões. De fato são embalagens grandes, de difícil manipulação pelos adquirentes. Se aprovado, as empresas fabricantes desses produtos quando os comercializam no Paraná, serão obrigadas ao recolhimento da embalagem. O meio ambiente agradece!

Campanha municipalizada

Um tema levantado na segunda por esta coluna tem sido explorado pelos analistas, sobre a eleição de Curitiba. A impressão generalizada é que todas as campanhas sofrerão impactos, positivos ou negativos, dependendo do apoio que tiverem.  Apoios como os de Beto Richa, Lula, Requião são avaliados. A impressão que passa é que mais vale ter bons projetos para Curitiba, municipalizando a campanha. Críticas ao modelo atual, não faltam.

Em choque

A acusação que se faz ao modelo hoje vigente em Curitiba é a ausência da criatividade que Jaime Lerner, amparado pelo então ótimo IPPUC, implantou. Novos problemas exigem soluções criativas!