Confusão generalizada
Se a situação político-eleitoral de Curitiba está tumultuada, com apoios sugeridos e renegados na área oposicionista e também na oficial, a de São Paulo, capital, não é menor. Por aqui, peemedebistas que já teriam um candidato oficial lançado por Requião e contestado por seu ex-lugar-tenente (estaria ainda em seu gabinete?) Doático Santos, falando em nome da bancada na AL que apóia o governo Beto Richa, tumultua a ala oficial que apóia Luciano Ducci. Já o grupo do PT que apóia Gustavo Fruet, é contestado pelo candidato do PSC, deputado Ratinho Jr. que afirmou, tão logo seu pai deu uma tremenda colher de chá ao ex-presidente Lula, enredado num suposto encontro com o ministro Gilmar Mendes do STF, o ex-presidente vai ficar fora da eleição em Curitiba no primeiro turno! A entrevista a Ratinho (pai) durante 40 minutos, sem nenhuma razão que a justificasse senão as afirmações e desmentidos sobre o dito na reunião no escritório de Nelson Jobim entre Lula e o ministro. Afinal Lula, não obstante o prestígio com que deixou o governo, está na planície. Não representa mais nada em termos oficiais! Se a entrevista foi extemporânea, serviu aos objetivos dos Ratinho’s – pai e filho. Na semana anterior, uma conversa constrangedora ocorrera entre Lula, Gustavo Fruet, agendada e testemunhada por Paulo Bernardo e o deputado André Vargas, figura de proa do PT nacional. Segundo as versões vindas a público, o ex-presidente teria ‘abençoado’ a candidatura, assumindo o compromisso de dela participar, ‘na medida em que sua saúde e a agenda permitissem’. Portanto não há um compromisso formal, coisa que Ratinho Jr. encarregou-se de propalar. Afinal, ele também é candidato por um partido que pertence à extensa base governista.
Carisma em…
Já em São Paulo, o PT reuniu-se para aproveitar o início do mês em que as convenções já são permitidas. Afinal tem que ganhar tempo para tirar do lugar um poste que Lula, confiando excessivamente no seu carisma, lançou como candidato a prefeito. Sem respeitar inclusive a prioridade que Marta Suplicy, pelo seu prestígio pessoal teria na corrida municipal.
…risco
A ausência de Marta no encontro petista sinaliza para sua intenção de não participar da campanha, embora Lula e as demais lideranças paulistanas insistam em que ela estará presente. Sem Marta, o convencimento, especialmente da periferia da capital paulista ficará mais difícil. Mesmo assim, com Serra ponteando as pesquisas, uma eleição complicada em que o fator Tiririca ficará bastante valorizado.
Aumento assustador
A informação é assustadora mas não inesperada: com o número de carros e caminhões crescendo nas sucateadas estradas paranaenses, carentes de investimentos especialmente nas não pedagiadas que também, embora cobrando alto, não cumpriram inteiramente os compromissos assumidos, o resultado só poderia ser esse: o número de pessoas mortas nas estradas (igualmente nas cidades) paranaenses, cresceu 40% em 12 anos.
Em choque
Ao dar uma no prego, outra na ferradura, a equipe econômica criou um problema delicado. Primeiro exigiu a nacionalização dos componentes dos veículos pelas antes chamadas ‘montadoras’. Para depois reduzir impostos na tentativa de manter o mercado automobilístico aquecido. Coisa que não vem acontecendo. Para piorar empresas que pretendiam investir US$3 bilhões, reavaliam seus projetos.
