Assuntos requentados
Ano novo, velhos assuntos são retomados. Assim teremos em discussão, talvez não passando disso como de costume, a necessidade de reformas, entre as quais a política. Pelo menos para essa, há luz no fim do túnel. Um projeto do deputado Miro Teixeira, propondo que as mudanças na política brasileira sejam realizadas através de ‘plebiscito’ começa a receber apoios. Palavra difícil, como difícil será o convencimento dos políticos de que não deverão ser eles e sim o povo, a se manifestar sobre eleições, partidos, sistemas (presidencialista ou parlamentarista), que o brasileiro deseja. Talvez até uma consulta sobre o voto obrigatório, que se extinto levaria de roldão a custosa máquina eleitoral brasileira. Uma economia e tanto! Basta que se veja quanto custou e vai custar o novo sistema de voto digital. Ainda que experimental. Talvez até os próprios partidos, como está preconizando o senador tucano Álvaro Dias, resolvam assimilar o que de melhor agremiações políticas sérias adotam no mundo globalizado. Como as primárias americanas, que pela primeira vez o brasileiro está tendo oportunidade de acompanhar, ele que sempre viu por aqui dirigentes partidários decidirem quem pode ser candidato, sem ouvir a opinião de seus poucos filiados. Álvaro vê nas primárias à americana a oportunidade de seu PSDB ocupar espaço político que a ele e todos os poucos que fazem oposição é negado, fora do período eleitoral. Uma primária no PSDB com Aécio, Serra, Álvaro e quanto mais desejem participar, nem que seja para ficarem em mais evidência, que hoje na prática só Álvaro por ser oposição de fato, usufrui. Usando uma expressão tão ao gosto dos políticos, oxigenar o partido e atrair simpatias desde logo para seus candidatos.
Ideia salvadora
Embora válida a ideia de Álvaro Dias, defendendo que o PSDB, até para se manter em evidência promova prévias, vai demorar muito a que partidos através participação popular nas decisões, venham a ter filiados como democratas e republicanos têm nos EUA.
Movimentações…
O ano político – eleições a cada dois anos num país em que os eleitores vacilam – para o DEM de Élio Rusch, começa na segunda-feira, 30, com reunião do Diretório. Estende-se à partir de 11 de fevereiro com uma série de reuniões regionais, iniciadas em Paranavaí.
…iniciais
A escolha da cidade do noroeste tem sentido. Ali, entre todas as regiões do Paraná os democratas têm a perspectiva de forte candidatura majoritária. O nome de Sebastião (Tião) Medeiros, Chefe de Gabinete do secretário Chefe da Casa Civil, Durval Amaral, é dado como certo na disputa à prefeitura paranavaiense. Com reflexos em toda a região, onde outras candidaturas do DEM devem prosperar.
No mesmo palanque
Algumas cidades do Paraná já apresentam quadros pré-partidários capazes de endurecer suas eleições municipais. Caso de Cascavel, Londrina e Ponta Grossa. Inúmeras candidaturas devem estar sendo apresentadas pelos diversos partidos. Em Cascavel, o senador Álvaro Dias que não tem compromisso com o tucanato de Curitiba, deve concentrar seu apoio, ao lado do governador Beto Richa, na candidatura do deputado Alfredo Kaefer.
Definições fundamentais
Deste janeiro até julho deverão estar definidas as pretensões de cada partido, especialmente os maiores – PSDB, PT, PMDB, DEM, PSB, PPS, PSD, PTB e outros menos votados, em relação a seus futuros no Paraná. É sabido que só candidaturas próprias, mesmo quando derrotadas, fortalecem as agremiações.
Em choque
Nem tudo são flores no relacionamento Dilma-Lula. Pelo menos no Irã, a política externa da presidente Dilma já conflita com a anteriormente exercida pelo ex-presidente Lula. A postura da presidente brasileira apoiando a posição da ONU contra as violações contra os direitos humanos, supostamente ocorridas naquele país, mereceu censura do governo de Ahmadinejad.
