Democracia à brasileira

No modelo americano de democracia que ontem cumpriu a 2a. das 56 etapas em que as primárias partidárias ouvem a opinião de seus eleitores, devidamente inscritos nos partidos, que lá apesar de alguns poucos sem expressão se resume a dois, com ideologias absolutamente definidas, o candidato a presidente é fruto da decisão coletiva. Bem diferente do que acontece por aqui em que caciques decidem, sem se importar com o que pensam os eleitores. Os poucos filiados aos 28 partidos assinaram fichas mais das vezes por interesse. Não por acaso os partidos que estão no poder detém o maior número de filiações. São milhares os cargos em comissão sem exigência de qualquer conhecimento técnico,  a serem ocupados, bastando apenas o QI (quem indica). Assim o PSDB que foi forte com FHC, agora cedeu o posto ao PT. Se considerados os mais de 120 mil  eleitores da pequena Iowa, primeira consulta feita às bases pelo Partido Republicano, as filiações de qualquer agremiação política  brasileira são ridículas. Ainda assim comprometidas com os Lula’s (ou sua substituta), com os Sarney’s e Cia ilimitada e tantos políticos que não querem que o sistema brasileiro se modernize. Continuaremos assim a viver a incipiente democracia à brasileira, na base do quanto pior, melhor!. Se a mais importante das reformas, a política,  é sequer cogitada; e é bom que não o seja, se a condição for  ser conduzida por este Congresso, dirigida a seus próprios interesses, as demais, tributária, previdenciária, não serão promovidas. Pelo menos enquanto o PT e seus partidos subservientes estiverem mandando. Continuísmo é o que mais ambicionam.

Leis de mais e …
Uma constatação de agora, vem tarde. Descobre a imprensa que em cada dez projetos de lei, nove são inúteis, isto é, não beneficiam o brasileiro; redundantes pois já há legislação sobre o assunto, ou simplesmente, inconstitucionais.

…inócuas
Conseqüência clara de ser o Brasil talvez o país do mundo que tem mais leis, aprovadas por iniciativa dos governos federais desde sempre (incluindo o período chamado de revolucionário), dos estaduais e legislativos federais, estaduais e municipais. Daí se dizer que não são para serem cumpridas.

Missões descumpridas
O que não se constitui em surpresa de vez que legislativos no Brasil servem apenas como apêndices de governos. Com as maiorias a favor e poucos contra, até para garantir o estranho modelo democrático que se pratica por aqui. Legislativos não legislam; não fiscalizam. Apenas são contra ou dizem amém!

Depois dos cocos … só abacaxis
O retorno antecipado da presidente Dilma que abandonou suas curtas férias em praia da Bahia (muito menor que a dos Judiciários embora ela tenha mais responsabilidade que todos os juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores) para discutir o recorrente problema das enchentes, logo estará às voltas com as situações criadas nos ministérios da Integração e da Indústria e Comércio.

Boas…
Nem só de notícias ruins vive uma coluna. De vez em quando uma Secretaria de Saúde do Estado dá notícias alvissareiras, como as de Michele Caputo à imprensa. Ao orçamento do segundo ano de governo Beto Richa ( o orçamento da saúde anterior – com dívidas – foi herdado),  R$ 340 milhões foram acrescentados à pasta que cuida da saúde do paranaense, permitindo melhorar sensivelmente seu atendimento.

…novas
Some-se a isso a retirada agora obrigatória de recursos aplicados no saneamento básico, no caso do Paraná também  no Hospital Militar (da PM) e outros que tais, que constavam dentro dos 12% obrigatórios no orçamento do governo para o setor e se terá um quadro bem melhor para 2012.

Em choque
Ano Novo, Vida Nova! Pena que os bancos, a Receita Federal e as prefeituras não adotem esse slogan e insistam em cobrar o que se deve a eles.