Injustiças
Um governo preocupado menos com a rentabilidade do trabalho e mais com o resultado eleitoral de programas sociais, é propenso a cometer excessos. Tais como o que estabelece o Bolsa Presidiário. Provê a família do aprisionado por malfeitoria, um termo que a presidente Dilma colocou em voga, (no popular corrupção), quando praticada por gente do alto escalão que mereceu ser defenestrada do poder. Com a diferença que malfeitor de colarinho branco não vai para a cadeia. Continua numa boa! A família do outro, independente do crime cometido, recebe um valor acrescido do alto custo que o indivíduo condenado, já acrescenta aos cofres públicos mensalmente. De tal forma que alguns preferem continuar presos, mantidos pelo poder público, sem ter que prestar nenhum tipo de serviço. No Paraná, a penitenciária implantada por Jaime Lerner em Guarapuava e terceirizada (palavrinha que incomoda alguns setores) a uma empresa de Arapongas, em que os presos eram obrigados a trabalhar, não se sabe que fim deu! Veja o leitor se não é um absurdo, trazido à coluna pelo Leandro Mazzini: a tão decantada Bolsa Família que supostamente transpôs milhões de brasileiros para a classe média baixa, remunera um cidadão de ficha limpa entre R$ 32 e 306 para sustentar a prole. O que recebe salário mínimo, R$ 545 reais. O presidiário R$ 862 mensais para sustentar a família. Como dito acima mais o custo de sua manutenção no presídio, com comida, roupa lavada e outras mordomias, com direito a se rebelar se as condições não forem satisfatórias. Só esse auxílio-reclusão custa ao Ministério da Previdência, R$ 30 milhões (?). Com o aumento previsto de penitenciárias, candidatos não faltarão às novas vagas. Falta criar uma cadeia especial para malfeitores oficiais. Sem bolsa. A família que viva das rendas auferidas no cargo.
Oportunidade …
O excesso de ministérios brasileiros, quase 40, talvez se justifique. Pelo andar da carruagem com 7 deles tendo seus ministros defenestrados, em um ano (mais um está nas manchetes), mais da metade não chegará ao fim do primeiro mandato da presidente Dilma. Até porque alguns, até por cautela, deixarão o cargos para concorrer a prefeituras.
…para novas escolhas
A solução indicada pelos fatos pelos quais a presidente Dilma não responde (ela recebeu o prato feito), é, na reformulação prevista para 2012 escolher seus novos auxiliares, aproveitando o fato de que certamente todos, ao final do ano, colocarão os cargos à disposição. Sem permitir a partilha entre partidos que como visto, não deu certo!
Fala sério!
Outro dado a ser acrescentado pelo governo em 2012 é reduzir os discursos ufanistas. Pelo resultado do terceiro trimestre, crescimento zero, deu para perceber que a crise que afeta o mundo, está batendo nas costas do Brasil. A indústria apresenta redução de produção (as medidas fiscais beneficiam apenas algumas no Natal) e com isso o início do novo ano certamente trará problemas à economia.
Bola da vez
O novo ministro que passa a ser questionado, Fernando Pimentel, do Desenvolvimento Industrial, é uma das pessoas mais ouvidas pela presidente Dilma nas decisões políticas em que Gleisi Hoffmann, Gilberto Carvalho e até a ministra da área, ideli Salvatti, têm menos experiência. Ex-prefeito de Belo Horizonte e coordenador da campanha presidencial, algumas das assessorias que Fernando realizou após deixar a prefeitura, foi a empresas que tiveram negócios com a Prefeitura.
Em choque
Pela proximidade de Pimentel a Dilma a decisão da presidente fica mais complicada. Até agora saiu gente menos próxima, à exceção de Palocci. Como as denúncias que agora surgem contra ele, a ilação que se faz em relação ao tema que atingiu Palocci (milhões ganhos com assessoria) já provoca afirmações como a de Elio Gaspari: Se o ministro ficar, Palocci terá de ser chamado de volta!
