Brasil perdulário

Embora se questione hoje os gastos excessivos de governos que levaram o mundo ao nível de preocupação de hoje, por aqui ainda se vive um oba-oba quase irresponsável. Culpa de Executivo, Legislativo e Judiciário. O Executivo, culpado por ter-se  tornado refém de partidos que brotam como tiririca (sem nenhum demérito ao hoje deputado federal), beneficiados por uma legislação leniente. Com apoio do Judiciário. Também este na sua área eleitoral, embora lave as mãos em relação à legislação superada, quando lhe convém, intervém. No Legislativo, Congresso, registra-se  o aumento nas  emendas concedidas  por eles próprios, mesmo que ante a repulsa de um governo que sempre se valeu de artifícios permitido por tais emendas, como agora, para garantir a votação da DRU, imaginando tê-los na mão. Tanto não tem que a cada situação complicada cede a uma chantagem da base.   Do governo Lula que embora  tenha se apropriado dos méritos de Collor de Mello, sim, abrindo o mercado à concorrência,  passando por Itamar Franco através seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, recuperando um déficit fantástico através o Real, entregando aos petistas um país com a inflação galopante dominada, vai uma grande distância. Agora os parlamentares se dão mais R$ 2 milhões que se somam aos R$ 13 a que cada um tem direito para  indicar  em emendas. Totalizam R$ 1 bi e 26 milhões que se somam aos R$ 7 bi  e 722 milhões. Emendas que o governo manipula ao seu interesse, pagando o que e quando lhe convém. Repetindo,  agora para aprovar a DRU que lhe permitirá até 2015 dispor de 20% de tudo que for arrecadado, e gastar a seu bel-prazer. Em boa parte  mal, ou superfaturado. Logo, logo estaremos de braços dados com Portugal ou Grécia.

Crendice
Se depender das previsões, a maioria otimista, entremeada com alguns pessimistas que nesse dia e hora prevêem até ressurgimento de bruxas, a reinaugurada Rua 24 Horas, um dos ícones turísticos curitibanos da era Jaime Lerner,  tem tudo para ser sucesso. Totalmente remodelada foi inaugurada as 11 hs, 11 minutos, do dia 11, mês 11   (novembro) de 2011.

Excessos
De lobo a cordeiro! Com Carlos Lupi não tem meio termo. Depois do arroubo de coragem, afrontando a autoridade da presidente, a quem cabe, como lembrou a ele a ministra Gleisi Hoffmann, nomear e demitir ministro, exagerou de novo na dose: Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo. Não foi a minha intenção. Eu te amo. Patético!

Incompetência
Para variar, também no caso das denúncias que envolvem o Ministério do Trabalho e que não apresentam indício de ter envolvimento direto do ministro, a culpa é da imprensa. Para Lupi, são 200 jornalistas dando tiro na gente. Eu falei (que só sai abatido por tiro) nesse sentido. Embora se não envolvido, o número de processos com indícios de fraudes detectadas pelo TCU (centenas) apontam para uma coisa: se não percebeu essas situações que envolviam gente diretamente ligada a ele (Chefe de Gabinete entre elas), nestes anos todos (este demitido agora),   é incompetente.

Mais problemas
Demorou para a oposição perceber que alguma coisa estranha ocorrera quando a Caixa Econômica Federal comprou parte do Banco Panamericano, do empresário Sílvio Santos, sem se tornar majoritária (o que ainda seria justificativo), meses antes do Banco bater com os burros n’água. Agora o PPS quer saber como uma estatal compra  parte de um banco que fez significativas contribuições (R$ 300 milhões) para o partido que está no poder.

Em choque
Desta vez o Paraná não pode se queixar: a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal no que respeita ao limite de endividamento dos estados, beneficiou o governo Beto Richa que vai poder contratar R$ 1 bilhão, 192 milhões de financiamentos externos e no BNDES. A autorização beneficiou igualmente 16 outros estados; outros 8 aumentarão seus endividamentos. Dois ficarão de fora.