Primeiros movimentos
As campanhas dos candidatos a prefeito de Curitiba começam a tomar forma, com praticamente um ano de antecedência. A do hoje principal contendor, Luciano Ducci, já perfeitamente delineada em termos de equipe por se tratar de uma reeleição. Igualmente por imprimir aquela que será a sua principal marca: as realizações, especialmente com obras de mobilidade urbana que ainda estão por vir, como a complementação e adereços da Linha Verde e as da Copa. Início igualmente das obras do metrô, se o dinheiro prometido vier. Já os adversários, especialmente o por enquanto mais identificado por ser o preferido do grupo que hoje comanda o país, começam a definir sua equipe. Um nome Gustavo Fruet já apontou. O doutor em Economia e professor do Curso de Economia da Federal, o ainda jovem (45 anos) Fábio Scatolini chefiará a equipe que dará forma ao seu plano de governo. Informação do sempre atualizado Aroldo Murá. Dos demais, entre eles alguns cujas candidaturas são datas como certas, caso de Rafael Greca e Ratinho Jr., ainda não se conhece tais movimentações. Do deputado federal, presidente do PSC estadual, consta que seu pai, o importante e hoje milionário comunicador Ratinho, estaria pressionando setores do governo federal cobrando apoio a seu filho. Apoio que a esta altura, a se confirmar será dividido com Gustavo. A menos que num entendimento, formem uma dobradinha que certamente adquiriria uma força significativa. Os próximos movimentos das pedras desse xadrez político indicarão o rumo que a campanha que já se antecipa complicada, tais os interesses em jogo, vai tomar. Especialmente se consideramos o fato de que 2012 terá enorme importância nos rumos da eleição governamental de 2014.
Solução…
Pode se acusar os políticos de muita coisa. Menos de falta de criatividade. Basta acompanhar os lances da situação hoje vivida na Câmara Municipal de Curitiba. Os 14 anos de mando do atual presidente, acossado agora por denúncias marcantes, devem ter criado inúmeros comprometimentos. Alguns vereadores deixam claros tais vínculos.
…esperta
De tal forma que hoje, os encarregados de acusá-lo, receberam uma missão extremamente difícil. Afora os poucos que lhe fazem oposição, os demais estão em situação incômoda. Aí entra a criatividade: como uma não punição, deixará a todos mal situados, em função da repercussão que o assunto alcançou junto à opinião pública, articula-se uma saída esperta: Derosso seria punido com um mês de suspensão. Medida adotada dias antes do recesso, de modo que a penalidade seja cumprida durante esse período em que a Casa estará inativa. Genial!
Fragilizado
A situação está confusa! A presidente Dilma, recém chegada da África, depara-se com o tremendo problema criado pelas acusações que embora ainda não comprovadas (a menos que as revistas do final de semana as exibam), colocam o ministro Orlando Silva (PCdoB) em posição fragilizada.
Fatos novos
A nova denúncia jogada no ar dá conta que sua esposa teria recebido dinheiro da União por parte de uma Ong ligada ao PCdoB. O outro fato não menos constrangedor é a informação do secretário-geral da Fifa, Jêrome Valke de que terá um novo interlocutor para tratar de assuntos da Copa 2014. Claro que informação vazada do governo brasileiro.
Folclore político
A situação vivida hoje no governo federal pelo ministro Orlando Silva, assemelha-se à de um Chefe da Casa Civil no governo de Paulo Pimentel. Incompatibilizado com companheiros de trabalho, assistiu Paulo despachar diretamente com os demais secretários sem que sequer as audiências fossem marcadas por ele. Demorou para cair a ficha e perceber que Paulo simplesmente esvaziara sua condição de segundo homem do governo e pedir demissão. Se confirmada a informação de Jêrome Valke, a presença de Orlando na equipe ficará reduzida à condição de “rainha da Inglaterra”: “governa” mas não manda!
