Mais critério
Leitor da coluna faz afirmações curiosas. Informa ser este o país da jabuticaba, fruta que nem o dicionário Aurélio identifica; garante só existir no Brasil, assim como o imposto sindical que faz a alegria e por que não, a expansão dos sindicatos de todos os matizes. Contribuição salva pelo presidente Lula em passado recente, quando se tentou extingui-la. Ele próprio beneficiário anteriormente da condição de dirigente sindical. Do mesmo modo acrescenta o leitor, é talvez o único país do mundo em que existem ONGS, Organizações Não Governamentais, que vivem à custa dos governos. Não por acaso algumas delas envolvidas em escândalos recentes. A começar pelo agora denunciado envolvimento de organizações que se beneficiavam de verbas milionárias do Ministerio do Esporte e que pode até, se não convincentes os argumentos do ministro que cuida da área, que estará envolvido nos bilhões das obras da Copa 2014, nocauteá-lo (para usar uma expressão esportiva). Curiosamente, uma das entidades beneficiárias de volume de recursos substanciais, precisando mudar de nome, na medida em que plagiou o título Gol de Letra, fundado pelo ex-craque futebolista campeão do mundo, Jorginho, que não recebe verbas oficiais. Obrigando o poderoso Jornal Nacional a fazer uma retificação, informando que essa sim é uma legítima ONG, cujos recursos vem de empresas particulares. Está aí um bom tema para vereadores, deputados estaduais e federais trabalharem em cima. Evitando que entidades sérias sejam confundidas com picaretas, criadas para se beneficiar de benesses governamentais. Para isso é preciso que as concessões de títulos de Utilidade Pública nos três níveis, municipal, estadual e federal, condições sine qua, sejam concedidas com mais critério.
Justiça atrasada
A Justiça por vezes atrapalha. Caso do momento que vive Curitiba, milhões de reais em multas, pontos tomados em carteiras de motoristas, por decisão tomada anos depois que uma empresa de economia mista foi criada pelo município para gerir o trânsito da cidade. Em matéria de cuidados, o trânsito curitibano ficou no limbo.
Como fica?
O detalhe sutil: ninguém sabe como fica até que a secretaria de Trânsito saia do papel, isto é, seja aprovada por uma Câmara que hoje vive problemas internos maiores. Não sabe se casa ou se compra um guarda-chuva, para usar uma expressão popular. Pouco se pode esperar dela enquanto não resolver se Caio Derosso vai ou fica. Pelo andar da carruagem, do corporativismo característico, fica!
Inúteis
Isso num momento em que apenas uma reação sobre declaração do deputado federal Reinhold Stephanes provocou irritação de todos. Situação e oposição divididos na avaliação do problema que aflige o presidente da Casa, uniram-se na crítica a Stephanes que afirmara serem as câmaras municipais, inclusive a de Curitiba, inúteis.
Dificuldade com palavras
Mais deputado! Se fosse pela opinião pública a avaliação seria estendida a outros poderes. Inclusive os estaduais e federais, no qual V. Excia. no momento atua. Diga-se a bem da verdade que Reinhold, um grande nome em termos administrativos, haja vista seu currículo, tem pouca intimidade com a palavra que seria a força dos ocupantes de cargos legislativos; se legislar fosse permitido a eles. Hoje quem legisla é o Executivo, especialmente em nível federal. Através de MPs!
Mal estar
O fato concreto é que a afirmação do ex-deputado peemedebista causou mal estar. Isto nesta fase em que os legislativos municipais procuram ampliar o número de vagas. Em algumas cidades, mostrando a força do povo quando se manifesta (manifestação difícil de ser obtida), o número de vereadores não será aumentado.
Em choque
Populações se mobilizam contrariamente ao aumento de vereadores. Um exemplo, Palotina, oeste do Paraná. Com 29 mil habitantes, tem direito a aumentar de 9 para 11 cadeiras.Aumento de custo, só em salário, que poderia em um ano bancar a compra de uma ambulância.
