Demora no atendimento na Central Hospitalar revolta pacientes

Alguns pacientes que procuraram a Central Hospitalar de Campo Mourão nesta sexta-feira (05), principalmente os que necessitavam de atendimento de ortopedia, ficaram indignados com o tempo de espera. Revoltada e cansada de esperar, a acompanhante de um paciente pediu ajuda para a imprensa por volta das 21h30. O plantão da TRIBUNA esteve no local.

Teve quem aguardava atendimento desde às 7 horas e só foi atendido por volta das 22 horas. Segundo os pacientes, a alegação do hospital é que havia apenas um médico ortopedista no hospital e estaria fazendo cirurgias. “A gente pergunta quando vai ser atendido eles dizem que o médico já vai descer. E assim passou o dia inteiro e já são quase 10 horas da noite”, disse o pedreiro João Maria da Silva.

A cuidadora de idosos Michele Sarruce acompanhava o sobrinho, de 27 anos, que sofreu um acidente de trabalho em Ubiratã e chegou ao hospital por volta das 13 horas. “Ele está jogado numa maca lá dentro, com dor, com os dedos esmagados. A enfermeira ainda tratou a gente muito mal, pois queremos saber se devemos trazer roupas, se vamos embora ou aguardamos”, disse Michele.

Ela relatou ainda que uma mulher de 82 anos, moradora de Juranda, estava desde o meio dia aguardando atendimento para uma fratura no braço. “A coitada está com fome, com dor e quando viram que tínhamos chamado a imprensa levaram ela lá pra dentro”, acrescenta Michele. Os pacientes também se queixaram que estavam com fome. Motoristas de ambulâncias da região tiveram que ficar aguardando.

Por volta das 21h30, o hospital designou um médico clínico geral para atender os pacientes. Foi ele que atendeu a filha do pastor Richardson Antonio de Pontes, que sofreu um acidente por volta das 13 horas. “Demorou para fazer o raio x e pediram para aguardar o médico. Agora o clínico geral passou medicação e foi liberada sem passar pelo ortopedista”, informou o pastor.

O espaço segue aberto para manifestação da Central Hospitalar.