Calor intenso e seca elevam consumo de água e Sanepar não descarta racionamento em Campo Mourão

Com as altas temperaturas dos últimos dias – os termômetros passando dos 36ºC graus – e o tempo seco, o consumo de água aumentou significativamente em Campo Mourão. A média de consumo nos últimos 10 dias de 2021, conforme a Sanepar, foi de 18,2 milhões de litros de água por dia. Neste ano, a média para o mesmo período subiu mais de 10%: 20,1 milhões de litros. Não está descartado o racionamento de água na cidade se a estiagem perdurar por muito tempo e a população continuar com consumo excessivo.

“Se a seca persistir e a população não colaborar, Campo Mourão corre risco de racionamento, principalmente às sextas e sábados, dias de maior consumo”, alertou o coordenador de redes da Sanepar no município, Aurelio Marques Machado Santos. “Por isso pedimos que façam o uso consciente priorizando apenas atividades essenciais para não corrermos esse risco. É preciso usar com moderação”, ressaltou.

Santos lembrou que o uso racional da água deve ser permanente. Porém, em períodos de estiagem prolongada, como agora, as medidas devem ser redobradas. “É imprescindível a cooperação de todos. Com o sistema equilibrado entre produção e consumo, a Sanepar consegue atender a demanda de água sem medidas mais severas. Esse equilíbrio vem com medidas simples de economia de água”, alertou.

Uma das recomendações, é não deixar a torneira aberta o tempo todo ao lavar as mãos ou a louça. Isso evitará que vários litros de água tratada sejam desperdiçados. “Não faça a barba com a torneira aberta. Banhos rápidos também ajudam na economia. Cada 5 minutos embaixo do chuveiro ligado consome aproximadamente 70 litros de água. Ao escovar os dentes é necessário apenas um copo de água. Usar a vassoura antes de lavar a calçada, que deve ser feita com água usada na lavagem de roupa ou da chuva, jamais com água potável”, orienta.

Outro recomendação é, ao usar a máquina, juntar o maior volume possível de roupas para lavar de uma só vez. A água do último enxágue das roupas, no tanque ou na máquina, pode ser usada para ensaboar tapetes, tênis, cobertores, pisos e calçadas.

Importante ainda verificar se há torneiras pingando e vazamentos no imóvel. “Os maiores ladrões de água são os vazamentos, torneira pingando e descarga desregulada. É necessária manutenção regular. As descargas sanitárias devem ser reguladas periodicamente. Em época de estiagem, o ideal é não lavar carros. Se for extremamente necessária a limpeza, deve-se usar balde e pano, reaproveitando a água da chuva ou da lavagem de roupas”, ressalta a Sanepar.

Dos 25 municípios da microrregião atendidos pela Sanepar, apenas Campo Mourão, Ubiratã e Campina da Lagoa são abastecidos por água de rios. As demais cidades dependem de poços artesianos, perfurados pela Sanepar para alcançar a água do subsolo. Nesse período de estiagem prolongada, os municípios mais afetados são Goioerê e Iretama.

Na região, a Sanepar tem um planejamento e projetos de até 2025 para controle de demanda e produção. No levantamento é avaliado o crescimento da cidade e previsão de obras, como necessidade de perfuração de novos poços ou reservatórios.