Casos de dengue têm aumento de 15% na região de Campo Mourão

Em uma semana, a região de Campo Mourão registrou um aumento de 15% no número de casos de dengue. Da semana passada para cá foram conformados 118 novos diagnósticos, saltando de 669 para 787 agora. Já os casos em investigação aumentaram de  2.815 para 3.048. Uma elevação de 8%.

Os dados constam no boletim semanal da dengue divulgado pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa). As confirmações de dengue na Comcam são em Araruna (1); Barbosa Ferraz (11); Boa Esperança (13); Campina da Lagoa (380); Campo Mourão (1); Corumbataí do Sul (1); Engenheiro Beltrão (1); Goioerê (5); Iretama (8); Juranda (15); Mamborê (3); Moreira Sales (6); Nova Cantu (7); Peabiru (7); Quinta do Sol (5); Rancho Alegre D'Oeste (1); Roncador (12); Terra Boa (5); e Ubiratã (305).

“Os números demonstram que o vírus está circulante e que se a população descuidar o risco de agravamento é muito grande. Não queremos viver novamente uma epidemia como a que ocorreu na região em 2020 com um alto número de casos e mortes por dengue”, alertou o chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira.

O atual período epidemiológico teve início em agosto do ano passado e encerra em julho deste ano. O ciclo anterior da dengue na região teve 15.394 confirmações e 26.095 notificações. Foram registradas 14 mortes e 18 cidades enfrentaram epidemia. Na ocasião, nove municípios registraram mais de mil casos da doença.

“Enquanto a população não se conscientizar de que é preciso eliminar criadouros, dificilmente teremos controle sobre a dengue”, frisou Siqueira. Segundo ele, o ideal é evitar que o mosquito chegue à fase adulta, e isso só é possível eliminando focos de larvas. 

“A população não pode focar os cuidados só na pandemia do coronavírus e esquecer da dengue que é tão perigosa quanto”, ressaltou o chefe da Regional, ao reforçar o pedido à população que redobre os cuidados. Ele lembrou que praticamente 90% dos criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, são encontrados em domicílios. Ou seja, falta cuidado de parte da população.  

Na Comcam, os municípios em situação mais crítica continuam sendo Campina da Lagoa e Ubiratã, respectivamente com 380 e 305 casos. A cidade de Juranda também dobrou o número de casos em uma semana, saltando de 7 para 15. Até o momento, Campo Mourão continua apenas com uma confirmação. Campina da Lagoa e Ubiratã, já fazem a utilização do fumacê para controle ao Aedes. 

Casos em investigação

Os casos em investigação por municípios são: Altamira do Paraná (17); Araruna (14); Barbosa Ferraz (335); Boa Esperança (27); Campina da Lagoa (651), Campo Mourão (70); Corumbataí do Sul (34); Engenheiro Beltrão (61); Farol (1); Fênix (17); Goioerê (188); Iretama (31); Janiópolis (28); Juranda (135); Luiziana (14); Mamborê (58); Moreira Sales (57); Nova Cantu (19); Peabiru (87); Quarto Centenário (6); Quinta do Sol (53); Rancho Alegre D’Oeste (6); Roncador (100); Terra Boa (49); e Ubiratã (990). Na área da 11ª Regional de Saúde, há também quatro casos em investigação de Febre Chikungunya, sendo em Janiópolis (1); Rancho Alegre D’Oeste (1); e Terra Boa (2). 

Paraná

O Informe semanal da dengue divulgado pela Secretaria da Saúde do Paraná, nessa terça-feira (6) registra 1.407 novos casos da doença no estado e um novo óbito provocado pela doença. O óbito foi no município de Foz do Iguaçu; uma mulher, de 22 anos, sem histórico de comorbidades. O período epidemiológico soma 7.747 casos confirmados e 15 óbitos.

Até o momento, são 48.737 notificações distribuídas em 352 municípios das 22 Regionais de Saúde do Estado. 9.887 casos estão em investigação quanto à classificação final para dengue.

As estações do outono e do inverno se caracterizam por períodos de seca mais prolongada. Durante as vistorias da Vigilância Ambiental, estão sendo detectados grandes focos e criadouros do Aedes aegypti em recipientes improvisados para a reserva de água durante a estiagem.