Chefe do NRE de Campo Mourão fala sobre retorno às aulas em setembro

A Secretaria Estadual de Educação (SEED) definiu que a volta às aulas na rede pública estadual de ensino será em setembro. O Comitê de Volta às Aulas apresentou o protocolo de retorno das atividades presenciais. As aulas estão suspensas desde 20 março, quando iniciou a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Desde então os alunos vêm participando de atividades remotas. 

O protocolo divulgado pela SEED trouxe detalhes sobre como vai funcionar o retorno das atividades presenciais quando for autorizado pelas autoridades da Secretaria da Saúde. “A consulta às famílias será o ponto fundamental”, falou a chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Campo Mourão, Ivete Keiko Sakuno Carlos. Segundo ela, a Secretaria de Educação irá fazer uma consulta aos pais dos alunos sobre o retorno. “Esta consulta aos pais será para saber se eles aceitarão ou não encaminhar seus filhos às escolas”, explicou. 

A consulta tem objetivo de entender em qual modelo os pais se sentem mais seguros em manter seus filhos, se presencial ou apenas remoto. A resposta vai permitir que a Secretaria e demais redes se organizem para cumprir o protocolo com estrutura e pessoal adequado.  

Ivete observou que o retorno será feito de forma gradual. Primeiro com os alunos do 3º ano do ensino médio e do 9º ano do fundamental; estudantes do ensino médio; estudantes do ensino fundamental I e II; e estudantes da educação infantil.  

O ensino híbrido valerá para alunos a partir do 6º ano do ensino fundamental. Mesmo assim, os responsáveis poderão mandar o estudante para a escola ou não. Eles assinarão um termo de consentimento para aulas presenciais. Na rede municipal, até o 5º ano do ensino fundamental, e particular o método será facultativo. Ou seja, as instituições poderão optar por ficar somente no ensino remoto, sem as aulas presenciais, conforme o comitê estadual que elaborou o protocolo. Porém, as regras para ensino presencial precisarão ser respeitadas.

Já os horários de entrada e saída, e intervalo devem ser redefinidos e intercalados, de modo a evitar a aglomeração de pessoas e a circulação simultânea de grande número de alunos, nas áreas comuns e nos arredores do estabelecimento. Também, o ensino híbrido será adotado. 

As aulas remotas permanecem diariamente e as aulas presenciais ocorrerão de forma escalonada. Para isso, os estudantes serão divididos em grupos, que farão revezamento, permanecendo por uma semana em aulas presenciais e por uma semana em aulas remotas (on-line). A retomada de conteúdos também é uma das preocupações do protocolo, com atividades, recuperação e atendimento de estudantes com maior dificuldade. “Uma data específica para o retorno ainda nãos foi definida. Tudo vai depender da aprovação da Secretaria de Estado da Saúde”, argumentou Ivete. 

Segundo ela, para se se chegar a este protocolo foram mais de 33 horas de reunião com os integrantes do Comitê. “Será um retorno com segurança, cuidados com os professores e alunos. Pessoal do grupo de risco vai permanecer afastado”, comentou a chefe do NRE, ao comentar que os alunos e as escolas  passarão por  uma readaptação. “Cada escola já tem seus cuidados, que serão intensificados ainda mais agora. Será um investimento muito alto em segurança, com a aquisição de EPIS para o retorno presencial do ensino”, argumentou. 

Ivete disse que o NRE fará uma reunião nos próximos dias com os diretores de escolar para colocá-los a par de tudo o que está acontecendo. “Será um retorno planejado e muito bem preparado”, ressaltou. 

O protocolo

Entre as principais medidas sanitárias previstas pelo protocolo estão a compra de insumos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todos. Só para a rede estadual serão adquiridos: 5 milhões de máscaras de tecido; 200 mil litros álcool em gel por mês; 200 mil litros de álcool 70% por mês; 95 mil luvas; 10 mil termômetros; 15 mil toucas; 105 mil dispensers;  15 mil macacões; e 15 mil botas.

Além dos insumos, o protocolo também prevê um distanciamento de 1,5m em todos os espaços, incluindo na sala de aula. Será feita também a aferição de temperatura de todos que adentrarem a escola, tendo como limite 37º.