Contaminação por Covid desacelera em Campo Mourão, mas mortes chegam a 154

Apesar do número de casos positivos de Coronavírus estarem em “desaceleração”, em Campo Mourão, o município registrou mais uma morte na manhã desta quarta-feira (07). A cidade agora atingiu 154 óbitos. A vítima desta vez foi Antonio Santiago Lino, de 58 anos, morador do Lar Paraná, que trabalhava com transporte de estudantes. Ele estava hospitalizado há mais de um mês (desde 28 de fevereiro), na Santa Casa.

Gráficos divulgados pela prefeitura de Campo Mourão mostram que o número de novos casos vem caindo. Foram 435 entre 8 a 14 de março e caiu para 113 entre 30 de março e 5 de abril. No mesmo período, os atendimentos de casos suspeitos na UPA também caíram de 1.399 para 976. O número de recuperados diariamente tem sido maior que o de novos casos. 

Nem tudo, porém, são notícias boas. A UTI voltou a ter 100 por cento de ocupação dos leitos do SUS e 60% no setor de convênios. Em apenas sete dias do mês de abril, Campo Mourão registrou nove mortes de moradores pelo Covid-19, um índice alto de óbitos, assim como foi o mês de março, com 50 mortes em 30 dias. 

Recente levantamento mostra que a maioria dos pacientes hospitalizados têm entre 40 a 59 anos. E dos nove que morreram neste mês de abril, apenas um era considerado idoso (61 anos). Os demais tinham entre 40 e 58 anos. Na noite de terça-feira (06), por exemplo, morreu uma mulher de 37 anos vítima da doença, que estava internada na Central Hospitalar.

Além da lotação dos hospitais e falta de profissionais de saúde no mercado, a escassez de medicamentos também preocupa as autoridades de saúde. “A necessidade por insumos é geral porque a contaminação tem sido muito maior que a capacidade da indústria produzir os medicamentos”, observa o chefe da 11ª regional da Saúde, Eurivelton Siqueira.