Dodô, o ‘pitbullzinho’ de abrigo, passa por sexta cirurgia e precisa de cuidados especiais
Em uma propriedade rural a cerca de 15 quilômetros do centro de Campo Mourão, o abrigo O Gato Gordinho mantém mais de 100 animais e depende de doações e campanhas para arcar com despesas. Entre os casos que mais chamam atenção, está o de Dodô, um cão resgatado em uma estrada próxima à chácara há aproximadamente cinco anos pela voluntária Célia Baran, quando ele ainda era filhote e encontrava-se debilitado.
Sem raça definida, mesmo após diversas intervenções cirúrgicas, o animal foi apelidado carinhosamente por ela como o “pitbullzinho” do abrigo, por agir como protetor do espaço ao longo desses anos em que vive no local. “Eu falo que ele é o meu ‘pitbullzinho’, que defende o abrigo, não deixa as pessoas que não são conhecidas entrarem”, descreveu Célia. “É um dos mais espertos que eu tenho, apesar de já ter um tempinho e estar debilitado, mas é o meu dodozinho”, completou.
Foi com esse mesmo carinho que ela se recordou de como o encontrou pela primeira vez. “Eu peguei ele com muito carrapato, coro e osso só, e com uma bicheira enorme no rabinho dele”, contou a tutora. Após o resgate, Dodô passou por sua primeira cirurgia, quando foi necessário amputar o rabo devido à gravidade da infecção. Com o tempo, a doença também afetou o intestino do animal, causando complicações que já exigiram seis procedimentos cirúrgicos ao longo dos anos.

“Com o tempo, quando ele foi ficando mais velho, ficou dando esses problemas no intestino dele, de comer pedra, terra, tudo o que acha pela frente, e o intestino dele vai formando bolsas, que endurecem e não saem. Então, ele fica assim, eu tenho que levar ele para cirurgia”, explicou, acrescentando que a última intervenção, realizada recentemente, demanda cuidados redobrados em casa, inclusive com o uso de fraldas. “Agora, não dá mais para ele fazer cirurgia. Então, ele tem que ficar dentro de casa”, falou.
Para arcar com a última cirurgia, que, mesmo com o apoio de clínicas veterinárias e associações da cidade, com descontos, somou R$ 1.139,00, o abrigo lançou uma rifa de nomes. Por não ser uma ONG ou associação formal, o abrigo não recebe recursos públicos para se manter.
Todas as despesas com os animais resgatados são custeadas por Célia, complementadas por doações e ações de arrecadação promovidas por ela e por outros voluntários. “A gente tem que estar fazendo essas coisas para cuidar dos bichinhos”, afirmou Célia.

Rifa
Cada rifa está sendo vendida por R$ 10,00. Os interessados podem entrar em contato com Célia pelo WhatsApp (44) 9886-2507. O prêmio será um kit da Natura doado por uma apoiadora local, com perfume, hidratante, desodorante, sabonetes e batom. O sorteio será após a venda das 200 unidades. Mais detalhes podem ser acompanhados no Instagram: @abrigoogatogordinho.
O Gato Gordinho
Com quase 14 anos de existência, o abrigo atualmente cuida de cerca de 56 cães, 43 gatos, algumas aves e uma égua. Durante a semana, Célia administra tudo sozinha, contando com ajuda de um voluntário nos finais de semana.
Serviço
Além das rifas, o abrigo necessita de fraldas para cães – usadas por Dodô e por uma cachorrinha em tratamento de cinomose – e doações em dinheiro. As contribuições podem ser feitas via Pix, na chave CPF: 50533770904 (Maria Célia Baran).

