Mais uma escola de Campo Mourão rejeita colégio cívico-militar, consulta continua hoje

Após pais do Colégio Vinícius de Moraes não aceitarem a mudança para colégio cívico-militar, a comunidade escolar do Antonio Teodoro de Oliveira, no Lar Paraná, também não quis saber do novo modelo de ensino, proposto pelo Estado. E por maioria rejeitou. A consulta pública prossegue nesta sexta-feira (30) no Unidade Pólo. A votação ainda não atingiu o quórum mínimo de 50% dos alunos mais um. Os pais devem comparecer ao colégio para votar.

Em Campo Mourão, apenas o Colégio Darci José Costa aceitou o modelo de ensino até o momento que também foi aceito em Goioerê pelo  colégio Vila Guairá; Mamborê (Rui Barbosa); Peabiru (Olavo Bilac); e Ubiratã (Olavo Bilac). Em alguns colégios de Campo Mourão, houve denúncia de que membros da APP-Sindicato fizeram campana em frente aos colégios para tentar convencer pais para rejeitarem a proposta. 

Os colégios foram selecionados pela Secretaria de Educação e do Esporte. Um dos diferenciais é o aumento da carga horária curricular, com aulas extras de português, matemática e valores éticos e constitucionais. O programa será implementado a partir de 2021. 

A nova modalidade de ensino funcionará com gestão compartilhada entre militares e civis em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio. As instituições de ensino selecionadas funcionarão em regime de cooperação, por meio de termo entre a Secretaria da Educação e do Esporte e a Secretaria da Segurança Pública do Paraná. O programa será avaliado continuamente a partir da implementação, como forma de aferição da melhoria e do alcance das metas do modelo proposto. Não haverá seleção de alunos.

As aulas continuarão sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto os militares serão responsáveis pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá um diretor-geral e um diretor-auxiliar civis, além de um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.

O diretor cívico-militar será indicado pela Secretaria da Educação, responsável pela seleção por meio de entrevista e avaliação. Os militares da reserva podem ser voluntários. Eles serão remunerados por meio de diárias criadas por lei em 2017, cujo valor variará conforme a atribuição desempenhada na instituição de ensino.