Mercados de bairros têm maior movimento com isolamento social

Com a pandemia de Coronavírus que exigiu restrições ao comércio de um modo geral em razão da necessidade de isolamento social, os pequenos mercados dos bairros viram aumentar o movimento. Embora tenham também que cumprir regras para evitar aglomeração, esses locais ganharam preferência especialmente em razão da agilidade e proximidade da casa do cliente. 

“Aqui aumentou o movimento sim, talvez porque as pessoas estão querendo evitar grandes filas no centro e também pra poder voltar logo pra casa”, comentou Andreia Dionisio, gerente de um mercado no Jardim Bandeirantes, em Campo Mourão.

Além de crescimento nas vendas, ela revela que também aumentaram os pedidos de entrega das compras. “Antes a gente fazia entregas mais para pessoas idosas, mas agora clientes jovens também estão pedindo para entregar”, acrescenta.

A mesma situação foi verificada em um mercado no Lar Paraná. “Estamos tendo mais movimento sim. No domingo de Páscoa, por exemplo, a movimentação foi bem maior que no ano passado, talvez porque muitos moradores do bairro querem evitar filas nos grandes supermercados”, analisou o gerente Márcio. A mesma observação foi feita pela funcionária de um mercado na Vila Urupês.

Dados divulgados pelo Sebrae há pouco mais de um ano revelam que os minimercados vêm ganhando espaço nas cidades brasileiras mesmo diante da concorrência das grandes redes. Nesses estabelecimentos, o proprietário costuma chamar os clientes pelo nome, avisa quando algum produto chega, entre outros diferenciais.

 “Um pequeno mercado tem mais agilidade e capacidade de adaptação que as grandes redes, pois tem maior poder de decisão sobre seus rumos”, afirma o consultor do Sebrae (SP),  José Eduardo Carrilho. Para ele, por estar mais próximo das necessidades do cliente, o mercadinho é capaz de inovar e buscar soluções “personalizadas”.