Moradores do Parque das Acácias reclamam da insegurança no bairro

O clima é de insegurança no Parque das Acácias, bairro localizado no início do Grande Lar Paraná, em Campo Mourão. Com cerca de 500 moradores, a comunidade tem convivido com episódios frequentes de medo e intranquilidade. O motivo, segundo relatos, é a presença crescente de pessoas em situação de rua que circulam ou permanecem no bairro.

“Todo dia tem homens batendo palma aqui na porta de casa, na João Teodoro, pedindo. Não estou suportando mais. Tenho que ficar com as portas trancadas dentro de casa, é uma encheção de saco”, desabafou uma moradora em um grupo de WhatsApp do bairro.

Outro morador contou ter passado por uma tentativa de furto. “Semana passada minha moto estava na frente de casa, era 13h07, um rapaz alto tentou roubar. Só não levou porque os cachorros começaram a latir. Fui olhar nas câmeras e vi ele tentando”, relatou.

Há quem diga estar arrependido de ter se mudado recentemente para o bairro. “Mudei recentemente e já me arrependi, porque não se tem paz aqui. Tem que ficar o tempo todo em alerta”, afirmou uma moradora.

Outros moradores também destacam a perda da sensação de segurança que antes predominava na região. “Era um bairro muito bom, agora a gente tem medo de sair de casa”, lamentou uma residente.

Além do medo, há o impacto na rotina. “Preciso fazer caminhada e dar uma volta com minha filha, mas não arredo o pé para fora do portão, porque eles ficam constantemente na esquina. Eu não saio para a rua para não correr riscos”, contou outra moradora.

Segundo os relatos, a situação se agrava quando pessoas em situação de rua encontram apoio na vizinhança. “Já tivemos fases de roubos assim anteriormente, mas sempre passa. Eles começam a ver a dificuldade e migram para outro lugar. Porém, tendo quem dê alimento, dinheiro e ‘moradia’ (em casas abandonadas), acabam ficando mais tempo”, explicou um morador antigo.

Diante do cenário, os moradores do Parque das Acácias estudam se unir para cobrar providências das autoridades policiais e buscar medidas que restabeleçam a tranquilidade no bairro.