Projeto intensifica combate à esporotricose em Campo Mourão

O município de Campo Mourão por meio da Associação dos Protetores de Animais Independentes (PAIS) e Secretaria do Meio Ambiente,  desenvolve um projeto de enfrentamento à esporotricose, doença causada por fungos do gênero Sporothrix que afeta principalmente os gatos e pode ser transmitida aos seres humanos. A prefeitura mantém uma página no Instagram com informações sobre a doença e as ações promovidas pelo projeto.

Denominado como “Prevenção e Controle da Propagação de Casos de Esporotricose em Animais e Humanos”, o projeto foi implantado há três anos com o principal objetivo de reduzir a disseminação da doença no município, aliando educação em saúde, diagnóstico precoce, tratamento e monitoramento geográfico dos casos.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Mourão, desde o início das ações, foram registrados 20 casos humanos e 227 em animais, a maioria em gatos. A doença se espalha rapidamente, especialmente em áreas com grande número de felinos de rua, e pode causar lesões na pele e mucosas tanto em animais quanto em pessoas que entram em contato com secreções ou ferimentos contaminados.

Também conhecida como ‘doença do jardineiro’ ou ‘doença da roseira’, a esporotricose é uma micose subcutânea causada por um fungo que pode afetar humanos e animais. Trata-se de uma infecção que pode apresentar sintomas na pele, pulmões, ossos e articulações.

A notificação de casos à Saúde é fundamental para um controle eficaz e rápido de algum possível surto. Ao receber as informações, a equipe realiza visitas aos locais, mapeia os focos de transmissão e distribui materiais educativos para alertar a população sobre os riscos e as medidas de prevenção.

Em animais, o diagnóstico é feito por médicos veterinários, enquanto, nos humanos, fica a cargo dos profissionais de saúde. Nos casos confirmados, os responsáveis são orientados sobre o tratamento, já que a esporotricose é curável.

A Secretaria de Saúde alerta à população para que tutores procurem atendimento veterinário ao perceberem feridas, crostas ou inchaços nos gatos. O tratamento é gratuito e oferecido por meio do projeto. “Nosso objetivo é proteger os animais e as pessoas, evitando que a doença se espalhe ainda mais. A prevenção começa com a responsabilidade de cada tutor”, destacou a coordenação de Zoonoses do município.

A esporotricose é uma zoonose de notificação compulsória no Paraná desde 2022. A infecção ocorre por meio do contato com o fungo presente em solo, plantas ou secreções de animais contaminados. O tratamento é eficaz quando iniciado precocemente.

Projeto

Entre as principais ações desenvolvidas estão: busca ativa de casos suspeitos em humanos e animais, orientação aos tutores e à população sobre formas de prevenção e cuidados com gatos infectados, parcerias com clínicas veterinárias e ONGs para atendimento e tratamento gratuito dos animais, capacitação de profissionais da saúde e veterinários sobre diagnóstico e manejo da doença e cadastro geoespacial dos casos, que permite mapear as áreas mais afetadas e planejar intervenções específicas.

O projeto tem como objetivo prevenir e controlar a propagação de casos de esporotricose em animais e humanos no município, promover orientações básicas sobre a esporotricose para tutores de animais e público em geral, realizar busca ativa de casos suspeitos (humanos e animais) na área de ocorrência da doença, estabelecer parcerias público-privadas (pet clinics, ONGs de bem-estar animal, hospitais, etc) e fornecer tratamento para os casos positivos.