Região confirma 1.952 casos de dengue e Saúde alerta para cuidados
A região de Campo Mourão confirmou, desde o início do ano, 1.952 casos de dengue, sendo 1.741 autóctones — quando a infecção ocorre no próprio município do paciente. Ao todo, já foram registradas 5.428 notificações e há ainda 2.347 casos prováveis da doença. A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Mourão reforça o alerta à população para redobrar os cuidados de prevenção.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta semana pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR), o município de Moreira Sales lidera os casos confirmados, com 560 registros. Em seguida aparecem Goioerê (523), Altamira do Paraná (144), Araruna (126) e Quarto Centenário (100). Campo Mourão soma 110 casos confirmados.
Os demais municípios da Comcam registraram: Barbosa Ferraz (40), Boa Esperança (14), Campina da Lagoa (51), Corumbataí do Sul (1), Engenheiro Beltrão (47), Farol (4), Fênix (10), Iretama (16), Janiópolis (34), Juranda (9), Luiziana (1), Mamborê (9), Nova Cantu (51), Peabiru (34), Quinta do Sol (8), Rancho Alegre D’Oeste (13), Roncador (4), Terra Boa (30) e Ubiratã (13).
📊 Em números: dengue na Comcam (2025)
- Casos confirmados: 1.952
- Casos autóctones: 1.741
- Notificações: 5.428
- Casos prováveis: 2.347
- Municípios com mais casos: Moreira Sales (560), Goioerê (523), Altamira do Paraná (144), Araruna (126), Quarto Centenário (100)
- Campo Mourão: 110 casos de dengue e 16 de chikungunya
⚠️ Atenção: foco do mosquito está principalmente nos quintais. Faça inspeções semanais e elimine criadouros!
Prevenção
Com a chegada do período mais quente e chuvoso do ano, a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Mourão orienta que a população intensifique os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. No município, já foram confirmados 110 casos de dengue e 16 de chikungunya em 2025.
O Comitê Gestor Intersetorial de Combate à Dengue coordena ações permanentes de enfrentamento e já iniciou os preparativos para o Dia Nacional de Combate à Dengue, celebrado no último sábado de novembro. Entre as atividades sugeridas estão a campanha “10 minutos contra a dengue”, incentivando inspeções semanais para eliminar criadouros, e “caminhadas ecológicas” para conscientização da comunidade.
Desde julho, Campo Mourão utiliza uma nova metodologia de monitoramento do mosquito, com armadilhas chamadas ovitrampas, recomendadas pelo Ministério da Saúde. Elas funcionam como criadouros artificiais onde as fêmeas depositam os ovos. O material é coletado periodicamente pelos agentes, que contabilizam e identificam os focos de infestação.
Segundo a coordenadora de campo, Marinalva Ferreira da Luz, o método permite uma análise mais precisa e frequente da presença do vetor. “Com o LIRA, os agentes coletavam larvas encontradas nos imóveis. Com as ovitrampas, retiramos os ovos do ambiente, impedindo a eclosão e direcionando o trabalho para as áreas de maior risco”, explicou.
Marinalva reforça que o trabalho dos agentes é contínuo, mas depende do engajamento da população. “A maioria dos focos está dentro dos quintais das residências. A limpeza é responsabilidade de cada morador. O poder público faz sua parte, mas sem a colaboração da comunidade não há como conter o avanço da dengue”, alertou.

