Região registra 2 mortes por Gripe A e deixa Saúde em alerta

Um dado alarmante preocupa a 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão e deixa as autoridades em saúde de toda a região em alerta. A Comcam registrou esta semana 2 mortes por Influenza A (H1N1). As mortes foram registradas nos municípios de Campina da Lagoa e Moreira Sales. As vítimas tinham 36 e 44 anos.

A enfermeira da Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde de Campo Mourão, Evandra Cristina Pereira, informou que existem ainda vários outros casos suspeitos notificados, que aguardam confirmação de exames laboratoriais. A coisa é séria. O que nos preocupa é que a vacinação, especialmente no grupo de pessoas com comorbidade deu um parada. Começamos bem, mas de repente as pessoas pararam de se vacinar, comentou.

Evandra disse que o momento é extremamente preocupante e que a situação tende a piorar com a chegada do inverno, época mais propícia ao surgimento de casos de gripe. Quem está dentro dos grupos de risco e não vacinou ainda que procure se vacinar o mais rápido possível, a vacina é a única forma eficaz de prevenção, falou. A campanha segue até o dia 31 deste mês.

Na Comcam, a população total a ser vacinada é 111.723 pessoas. Até o momento a vacinação alcançou 77,69% do público alvo, o equivalente a 86.797 pessoas. A cobertura vacinal por grupo é a seguinte: crianças (79,17%); trabalhadores de saúde (74,98%); gestantes (70,61%); puérperas (- 98,91%); idosos (84,99%); professores (74,71%); e comorbidades (65,18%).

Os grupos de risco para a vacina são crianças com idade entre 6 meses a 6 anos de idade; grávidas em qualquer período gestacional; puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); trabalhadores da área da saúde; professores da rede pública e particular; idosos com mais de 60 anos de idade; populações indígenas, doentes crônicos; e população carcerária.

O último informe da gripe divulgado pela Secretaria da Saúde mostra que, desde o início do ano, o Paraná já tem 74 casos graves confirmados de influenza, sendo que 22 desses casos evoluíram para a morte do paciente. Do total de casos confirmados, a maior parte foi registrada entre os idosos (acima de 60 anos), com 28,4% das ocorrências. Até o momento, 61,51% de todos os grupos prioritários tomaram a vacina no Estado.

Prevenção

Além da vacina, entre os principais cuidados que devem ser tomados para diminuir o risco de contaminação pelo vírus da gripe está a higienização correta das mãos. Elas devem ser lavadas frequentemente com água e sabão, sendo recomendável também complementar o processo com a aplicação de álcool 70° em gel após a lavagem. Outro cuidado é higienizar periodicamente com álcool 70 ° em gel as superfícies que entram em contato com as mãos, como mesas, teclados e maçanetas.

Recomenda-se ainda que as pessoas evitem compartilhar talheres, copos e alimentos e sempre usem lenços descartáveis para cobrir a boca na hora de tossir, espirrar ou proteger a boca com a dobra do braço, além de manter os ambientes ventilados e evitar a aglomeração de pessoas.

Evandra ressalta que os cuidados preventivos devem ser adotados continuamente. São hábitos saudáveis que precisam ser praticados por todos para diminuir o risco de contaminação e disseminação não apenas do vírus da gripe, mas de uma série de outras doenças, diz.

Os sintomas da doença incluem febre alta (acima de 38°), dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse. Quando há suspeita de gripe (influenza), deve-se procurar os serviços de saúde para avaliação médica o mais breve possível e iniciar o tratamento com o antiviral específico. A pessoa nunca deve se automedicar.

A gripe

A gripe é uma doença causada pelo vírus da Influenza, que ocorre predominantemente nos meses mais frios do ano. Esse vírus apresenta diferentes tipos e subtipos que produzem a chamada gripe ou influenza sazonal. A gripe tem início súbito e, na maior parte dos casos, tem cura espontânea, entre sete e dez dias.

Em algumas situações, podem ocorrer complicações como pneumonia e insuficiência respiratória, configurando um quadro denominado de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Essas complicações são mais comuns em grupos mais vulneráveis, como as pessoas com mais de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes e portadores de doenças crônicas.