Sid Sauer, o jornalista da internet, do rádio e da TV

Gostar da área de comunicação é um requisito básico para quem planeja trabalhar nela. Em Campo Mourão, dos diversos profissionais que atuam no mercado, Sidirlei Sauer Walter, o popular Sid Sauer, atualmente é o mais requisitado para atuar na área. Além de responsável pela popular página virtual Bocasanta, ele é funcionário da Rádio Musical FM e também participa como entrevistador do Programa Falando Sério, na TV Carajás.

“Só não consegui ganhar dinheiro trabalhando nessa área”, brinca o jornalista, de 49 anos, formado em Letras pela então Fecilcam. De família pioneira e nascido em Campo Mourão, a história dele na imprensa começou na adolescência. O primeiro emprego foi no jornal Tribuna do Interior como entregador e depois office boy. “Por gostar de escrever, ganhei oportunidade no jornal e assim iniciei uma carreira que já completou 30 anos”, conta Sid.

Além de repórter e colunista, ele também foi editor da TRIBUNA e da extinta Revista Pauta, também criada pelo jornal na década de 90. Depois da TRIBUNA, ele trabalhou como correspondente do Jornal O Estado do Paraná e Folha de Londrina.  “Quando surgiu a internet tive a ideia de colocar a coluna que escrevia no jornal em formato digital. Costumo dizer que o Boca Santa é um blog numa época que não existia blog”, relata Sid, ao lembrar que a página virtual já completou 18 anos.

Conhecido na cidade especialmente pela cobertura de eventos, das sessões da Câmara de Vereadores e notas com pitadas de humor especialmente na área política, ele recebeu convite para também informar através dos microfones da rádio. Há oito anos faz parte da equipe do Jornal 100 da Rádio Musical. “Surgiram convites para fazer o que jamais sonhei. Eu ganhava pra escrever e pagava para não falar”, revela o jornalista, que também atuou em um programa de entrevistas no extinto Canal 54 e este ano iniciou na TV Carajás, também num programa semanal de entrevistas.

Ao avaliar os diferentes meios de comunicação, para ele a principal diferença são a linguagem e o público. “A rádio e TV são veículos de massa e que projetam o profissional. Hoje ando na rua e as pessoas vem conversar, dizendo que me viram na TV ou ouviram no rádio. Antes não sabiam quem eu era”, revela o jornalista.

Sobre a evolução da comunicação de quando iniciou até agora, ele avalia vantagens e desvantagens. “As redes sociais democratizaram o acesso a informação e isso exige muito de nós profissionais. Hoje todo mundo interage e quer imagens das informações, seja foto ou vídeo. O lado ruim é o grande número de notícias falsas que infelizmente as pessoas acreditam e passam pra frente como se fossem verdades”, pondera.

Quanto às tendências da mídia, ele não arrisca um palpite. “A mudança foi tão drástica que a gente não faz a menor ideia do que vai acontecer daqui a cinco anos, por exemplo. Creio que tem campo para a imprensa tradicional, mas é uma renovação constante e quem não se adaptar não vai se estabelecer”, completa.