Diversifique sua carteira de forma segura

Através da plataforma do Tesouro Direto quem tem um perfil conservador consegue diversificar sua carteira de forma segura comprando títulos públicos.

Títulos públicos são papeis emitidos pelo Governo para captar recursos para fazer investimentos em saúde, educação, segurança e etc. 

Somente pessoas físicas conseguem negociar títulos públicos através do Tesouro Direto, que é uma plataforma desenvolvida pelo Tesouro Nacional.

Depois do cadastro no Tesouro Direto é necessário escolher um agente de custódia, que são instituições financeiras (Bancos ou Corretoras de Valores) autorizadas a intermediar as negociações de títulos públicos, que podem ou não cobrar uma taxa. Hoje a maioria não cobra mais essa taxa e a lista de agentes autorizados pode ser encontrado no site do Tesouro Direto.

Além da taxa cobrada pelo agente de custódia existe a taxa de custódia cobrada semestralmente pela B3 de 0,25%a.a. sobre o valor do título.

Você consegue comprar o título em alíquotas de no mínimo 1%, não sendo necessário comprar todo o título, desde que essa fração seja igual ou superior a R$30,00, que é o valor mínimo de compra no Tesouro Direto.

 A marcação a mercado é a variação nos preços dos títulos públicos no dia, influenciado pela oferta e demanda do título, por notícias relacionadas ao Governo, economia, eventos externos e etc.

Por isso é recomendado levar o título até a data de vencimento, garantindo que você receba a taxa contratada no momento da compra. 

Caso deseje vender antes do vencimento o Governo garante a recompra do título, mas você estará sujeito a marcação a mercado e corre o risco de vender o título com um valor inferior que comprou.

No Tesouro Direto você encontra títulos que seguem a Selic, IPCA ou com uma taxa prefixada. O investidor recebe o valor do título mais os juros no vencimento do título, ou o valor dos juros semestralmente.

O Tesouro Selic segue a variação da taxa Selic, não sofre interferência da marcação a mercado, sendo recomendado para objetivos de curto prazo, inclusive para formação da Reserva de Emergência.

O Tesouro Prefixado rende uma taxa fixa caso você leve esse título até a data de vencimento, pois se vender antes estará sujeito a variação no preço do título causado pela marcação a mercado. 

Esse título é recomendado em cenários de queda da taxa de juros, pois você garante um retorno fixo enquanto a taxa de juros continua caindo. Mas se antes do vencimento a taxa básica de juros ultrapassar a taxa que você contratou, seu título renderá menos que a taxa mínima do mercado.

O Tesouro Prefixado com juros semestrais você recebe o valor dos juros semestralmente, e no vencimento recebe o valor aplicado mais o rendimento dos últimos seis meses. É recomendado para quem precisa de dinheiro em curtos períodos de tempo.

O Tesouro IPCA+ rende uma taxa fixa mais a variação da inflação. No Tesouro IPCA+ com juros semestrais você recebe o valor dos juros a cada seis meses. O valor desses títulos sofre interferência da marcação a mercado.

O Tesouro IPCA+ é recomendado para objetivos de longo prazo, já que os vencimentos desses títulos são mais longos, e como eles seguem a variação do IPCA você está protegido do aumento dos preços.

Investir em títulos públicos é seguro, pois é muito difícil o Governo te dar um calote por ser a última Instituição a falir, antes dele os bancos, financeiras e até você já estarão falidos. Além disso o Tesouro Direto é acessível para todos os investidores por causa do valor baixo para comprar um título.

André Lucas Ciola, economista e desenvolvedor do Blog Me Conte