Queda dos juros incentiva a diversificação nos investimentos

Nessa nova realidade de juros baixos que estamos vivendo no Brasil não é mais possível conseguir bons retornos investindo somente na Renda Fixa, então a queda dos juros incentiva a diversificação nos investimentos.

Em 2016 a Selic estava em 14,25%a.a., facilitando a vida dos investidores a conseguirem um retorno bruto nos investimentos próximo a 1%a.m. aplicando somente em Renda Fixam se expondo pouco ao risco.

Nessa época não era necessário ter muito conhecimento sobre produtos de investimentos, bastava aplicar em CDBs, LCIs, LCAs e outros produtos da Renda Fixa que bons retornos estavam garantidos.

Mas depois de 2016 a Selic começou a cair, chegando hoje aos 2%a.a., muito abaixo dos 14,25%, obrigando os investidores a procurar outros produtos para compor sua carteira de investimento para tentar melhorar o desempenho das suas aplicações.

Os Fundos de Investimento são uma boa alternativa para quem deseja começar a diversificar suas aplicações sem ter muito conhecimento sobre estratégias de investimento, já que você irá delegar essa responsabilidade ao gestor do Fundo.

Esse gestor irá pegar o dinheiro que você aplicou no Fundo e irá investir em produtos que fazem parte da estratégia do Fundo e, você se tornará um cotista do Fundo.

Os Fundos recomendados para quem está iniciando diversificação, são Fundos que investem em produtos atrelados ao IPCA, Selic e DI por serem menos voláteis que os Fundos de Ações, por exemplo.

Os Fundos de Ações são recomendados para quem deseja começar a investir em Renda Variável, mas não tem muito conhecimento ou tempo para analisar as ações.

Mesmo tendo um gestor qualificado para gerir seus recursos dentro do Fundo, não exime você de analisar o prospecto e a lâmina do Fundo, buscar entender a estratégia do gestor e que produtos compõem a carteira do Fundo.

Essas análises são necessárias para você conseguir avaliar se o Fundo está alinhado com seu perfil de investidor e com seus objetivos.

Uma alternativa são os Fundos Imobiliários (FIIs), em que suas carteiras são compostas por imóveis que podem ser galpões logísticos, shoppings, casas, imóveis na planta, ou até cotas de outros FIIs.

Adquirindo cotas dos FIIs você será dono de uma parte dos imóveis que compõem a carteira do Fundo, podendo ganhar dinheiro com valorização da cota e com recebimento de uma parcela dos aluguéis pagos pelos locatários dos imóveis.

Esse recebimento de parte dos aluguéis também é conhecido como dividendos, o Fundo é obrigado a repassar para o cotista no mínimo 95% do  seu lucro líquido e, normalmente o pagamento dos dividendos é feito mensalmente para o cotista.

As cotas dos FIIs costumam ser menos voláteis que as ações, por isso são recomendados para quem deseja começar a investir em Renda Variável.

Os ETF são mais uma alternativa para quem deseja diversificar seus investimentos.  ETF são Fundos de Índices, ou seja, sua carteira será composta por produtos com o objetivo de seguir um índice.

Há ETFs que seguem a variação do Ibovespa (BOVA11), que replicam os investimentos em títulos públicos (IMAB11), reproduz o índice das ações das companhias em ascensão com baixa capitalização na Bolsa (SMAL11), dentre outros.

Os ETFs também costumam ser menos voláteis que as ações e tem a vantagem de não sofrer o come cotas, como acontece com a maioria dos Fundos de Investimento.

Para você conseguir diversificar seus investimentos será necessário estudar as características de cada produto que você pretende investir, para conseguir avaliar quais atendem ao seu perfil de investidor e seus objetivos.

André Lucas Ciola, economista e com certificado CPA 10 | [email protected]