A espera necessário e prudente
A hora mais escura da noite é justamente aquela
que nos permite ver melhor as estrelas
Charles A. Beard
Tudo na vida requer tempo. Tempo para esperar, fazer, para acontecer. Tempo para agir e reagir. Tempo para semear, cultivar, colher. Depois do período da campanha e das eleições, é preciso aguardar que os prefeitos eleitos e vereadores assumam os seus respectivos cargos – que são também encargos – e comecem a colocar em prática o compromisso assumido perante o povo em termos de governança.
Especulações à parte relacionadas a composição de equipe, reafirmação de compromisso e o estabelecimento de prioridades são naturais que gerem análises, comentários.
Entretanto, é de fundamental importância que o tempo escoe e os eleitos não o percam e trabalhem desde logo.
Durante os momentos que antecederam definições, registros e a própria campanha eleitoral, me vali deste honroso espaço de jornal, ainda que modestamente, para discorrer sobre o tema das eleições, a política, o poder, o comportamento existente ou o ideal por parte do eleitorado e dos nomes que protagonizaram o processo político-eleitoral. Creio ser necessário a pausa, a espera providencial e prudente.
Qual seria – ou é – o tempo ideal para começar as cobranças dos eleitos? Ou qual seria o momento para o aplauso ao que começará a ser feito ou que será deixado de lado?
A primeira resposta e a mais fácil é que se deva cobrar desde o momento em que todos passem efetivamente a exercer o poder. Faz sentido, a considerar que não faltem entre os eleitos a enfática posição adotada discursivamente durante a campanha quanto a se considerarem inteiramente preparados para se tornarem prefeito e vereadores desde o primeiro momento.
Um novo governo – que necessariamente não é o mesmo que um governo novo – prescinde de um tempo para ganhar visibilidade, e na essência ser um novo modo de gestão. Especificamente a prudência compreensivelmente maior se refira aos marinheiros de primeira viagem e não aos que já exercem o cargo ou tenham uma larga experiência administrativa.
Os reeleitos como prefeito podem e devem ser cobrados, como exemplo casos do Cláudio Gotardo e Célia Cabrera de Paula, respectivamente mandatários de Boa Esperança e Campina da Lagoa, não existem motivos para dar qualquer tempo a eles, é cobrar desde já, e levar em conta se existe na prática diferenças entre continuidade e continuísmo.
Em termos de Campo Mourão, a prefeita já ocupou uma secretaria municipal além da presença constante, influência e responsabilidade inerentes ao fato de ser vice-prefeita atual. Agora em janeiro será com ela, terá voz ativa, o poder de agir, a personalidade de administrar segundo os seus próprios métodos, convicções, motivações e responsabilidade.
Independentemente da herança, de ser o continuar de uma gestão ou a ruptura político-eleitoral e ainda a considerar a realidade de cada municipalidade, se é preciso dar tempo ao tempo, é absolutamente razoável que seis meses é o suficiente para que aplausos e apoiamentos; críticas ou descrenças definitivas façam todo o sentido para ambos os casos.
Fases de Fazer Frases (I)
Tristeza máxima é perder o senso de humor mínimo.
Fases de Fazer Frases (II)
A maior riqueza é não ter o que perder.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
É no mínimo estranho e não é possível simplesmente considerar coincidência. Em três mercados não encontrei absolutamente qualquer marca de café em embalagem de 250 gramas. Somente em um outro estabelecimento consegui, ainda assim de uma única marca e com pouca quantidade na prateleira. Ninguém pode ser obrigado a comprar um ou meio quilo. Preferir adquirir em menor quantidade é um direito, no caso o produto sempre mais fresco.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Também é muito comum nos supermercados não ser encontrado sabão em barra comercializado a granel. O que existe é embalagem com cinco unidades, numa clara tentativa de obrigar o consumidor a levar mais do que ele necessita, independentemente se pode pagar ou não.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
O Palmeiras perdeu de goleada: 9X0. A decisão foi do STJD – Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O time pediu a anulação da partida em que foi derrotado pelo Internacional pelo Campeonato Brasileiro. O gol foi anulado pelo árbitro da partida, ele teria realizado outras consultas para não validar o pênalti, com interferências além do quarto árbitro e bandeirinhas. O Palmeiras – em momento algum – tocou no fato do gol ter sido de mão. Tanto é assim, além das imagens que não deixaram dúvidas do gol de mão, o jogador autor da irregularidade foi o único a não aparecer entre os jogadores que protestaram.
O barcos feito de palmeiras pegou fogo e segue à deriva, na iminência de ser rebaixado. O Palmeiras e a sua torcida não merecem passar por uma situação tão ruim, pela tradição, sua história de títulos, que agora tentaram manchar: os próprios diretores e o jogador ao tentar passar a mão e trapacear com o gol ilegal. Assim não dá pé.
Reminiscências em Preto e Branco
Faz tempo que o frango inteiro vendido nos açougues não vem com a cabeça e os pés. Lembrei-me disso ao testemunhar um cidadão comprar alguns quilos de pés da referida ave para fazer uma deliciosa sopa. Ou seja, se o frango não vem mais com os pés e a cabeça, não é jogado fora, tem quem conserve este hábito específico alimentar.
