A viatura policial defronte a uma escola é uma afronta?

Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas 

gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, 

fielmente deposite-as nas gerações de seus filhos. 

Albert Einstein

 

                A violência escolar ocupa sempre o noticiário, ganhando maior ou menor repercussão dependendo da gravidade do fato. De um modo geral, a sociedade expressa a sua indignação, ela reage escandalizada.

                Embora evidentemente seja um problema que qualquer escola dele não possa fugir, também é notório que a violência reflete o comportamento social de determinadas pessoas propensas ou com histórico de agressões. A reflexão envolve a todos com a responsabilidade precípua de encarar a questão, professores, funcionários, estudantes que fazem parte dos estabelecimentos de ensino; os pais, a comunidade educacional e a sociedade, muito especialmente aquela onde uma determinada unidade escolar está localizada. Reflexão e responsabilidade para sentir, pensar e agir indeclináveis a todos. E sempre aparece um velho dilema, aliás, oportuno e atual, o papel de duas Instituições Sociais: A Família e a Escola. Ambas podem, devem assumir e desempenhar o papel da educação e da cultura, cabível aqui o antigo ditado, a educação vem de berço, quanto ao senso comum e a formação da personalidade e do caráter dos pais exercem influências acerbas nos filhos. Entretanto, por mais que tenha sido positivo tal papel, ou mesmo que tenha sido negativo, cumprirá a Escola oferecer o saber científico, um processo de ensino-aprendizagem que não eximirá o acompanhamento dos pais ou responsáveis, independentemente dos níveis ou gradações de ensino, continuará sempre sendo importante.

                A presença de uma viatura policial e naturalmente dos policiais, quando não é de rotina, ou seja, eles comparecem para atender a um chamado e registrarem alguma ocorrência, comporta dois prismas. No caso do Paraná há tempos foi criada a chamada Patrulha Escolar exatamente com essa finalidade, prevenir e reprimir a violência escolar. A primeira questão, se fôssemos efetivamente uma sociedade predominantemente justa e fraterna e com distribuição de renda, não seria preciso criar um tipo específico de serviço policial, que existe pela realidade da violência.

                Se pode afirmar que a escola se tornou incompetente para evitar o equacionar tais problemas? Escolas que, aliás, erguem muros, colocam correntes, cadeados e controlam o ingresso das pessoas, logicamente só estudantes e demais frequentadores com tal direito. Se fosse somente à escola capaz de fazer o seu papel, mesmo atribuindo-lhe a culpa, porque resultados não aparecem? Ora, a violência é pré-existente na sociedade, ela grassa impune, viceja a ponto de, volte e meia, comprometer a ordem social.

                Por outro prisma, a presença da viatura, que poderia ser rara ou rotineira como qualquer outro patrulhamento, estacionada defronte a escola representa um afronta ao estabelecimento de ensino, ao processo educacional e a sociedade, espelhando as nossas contradições sociais.

                A violência entre alunos, que tem mutilado e mesmo posto fim a vida de muitos deles; a violência de estudantes contra professores põe a nu a perda ou u desvirtuamento do chamado princípio da autoridade, do respeito mútuo, da ética, dos valores morais, sejam eles, mais do que familiares ou escolares, mais do que dos grupos comunitários, da sociedade.

                Por onde e como começar a urgente transformação? Ao reconhecer a necessidade premente e impostergável, a própria sociedade irá encontrar os caminhos, os métodos e soluções. Se a fé e a ousadia forem perdidas, a barbárie vencerá e por enquanto ela tem força, pelo que faz, pela impunidade ou pela lentidão com que se dá a boa prática educacional, que existe sim em cada escola, pode até ser minoritária ou sucumbida, contudo, ela é fato.

 

Fases de Fazer Frases 

                Que o instinto não seja extinto, mas seja distinto.

 

Olhos, Vistos do Cotidiano (I) 

                Foi inaugurada a Biblioteca Cidadã Professor Antônio Bassi com acervo de mais de dois mil livros. Além da justa homenagem ao ilustre professor, Peabiru deu ao evento a atenção devida e certamente o poder público e a sociedade não dirão, jamais, que a mencionada biblioteca não serve pra nada, como lamentavelmente afirmou o prefeito de Boa Esperança Cláudio Gotardo (PTB). Nem mesmo um analfabeto diria tamanha besteira, mas foi dito.

                A menção ao fato não é para fazer comparações, e sim para enaltecer Peabiru na pessoa do prefeito João Carlos Klein (PMDB). E, aproveitando para referenciar Peabiru, entre outras importantes lições na área da educação e da cultura, a cidade tem uma Escola que leva o nome de um grande educador brasileiro que dispensa apresentações, Darcy Ribeiro. Na primeira oportunidade irei conhecer a mencionada escola e a referida Biblioteca. Parabéns Peabiru!

 

Olhos, Vistos do Cotidiano (II) 

                Não é apenas a chamada política partidária ou os que exercem mandatos que protagonizam a corrupção no Brasil, ativa ou passiva. A anulação da eleição do Conselho Tutelar de Campo Mourão repercutiu até mesmo fora da cidade. Falsificação ideológica e documentos viciariam o pleito, caso ele ocorresse. O que se espera? Espera-se, não! Exige-se a rigorosa apuração dos fatos. Quem são os malandros?

 

Reminiscências em  Preto e Branco

 

                Muitos pertencem a uma época em que refrigerante era raro, seja pelo preço seja porque era destinado aos domingos, festas ou a ocasiões especiais. E tem um detalhe comum nas famílias mais humildes. A tampinha não era retirada (dos tempos do velho e ainda presente abridor de garrafas), ela era furada com prego para evitar que derramasse o precioso e doce líquido, o que era certamente um enorme desperdício.