Benjamin, a química de um professor
“A Despedida é dolorosa (…). É um procurar e não achar mais (…).
O fim sempre chega de formas invariáveis (…). A despedida fica
gravada sempre em nossos corações. “A vida é breve, mas
cabe nela muito mais do que somos capazes de viver”.
Paulo Vinícius Garcez
Um estudioso da natureza e as suas propriedades transformadoras. Ensinava instigando a curiosidade, disseminando, além do conhecimento, o estímulo de todo o aprendizado para a vida.
Segundo o proeminente professor José Agnaldo Feitoza, “o professor Benjamin dava excelentes aulas de química. Fui seu aluno no Colégio Agrícola. Explicava muito bem o conteúdo. Lembro-me que ele usava muito o quadro nas suas explicações. Depois de um bom tempo de explicação e conteúdo no quadro, ele apagava tudo rapidamente e dizia:’ agora vamos ao que interessa’. No final, concluía a sua aula mostrando grande conhecimento do conteúdo trabalhado”.
Formado em Engenharia Química, além do Colégio Agrícola, o professor Benjamin Sousdaleff lecionou nos Colégios Estaduais Campo Mourão, Unidade Polo e Dom Bosco, sempre dedicado, competente e comprometido com a educação.
Para ele todo o saber não é mero conhecimento, objetivava transformar positivamente a vida de cada estudante como ser singular e coletivamente humano.
Em sala de aula, com colegas de profissão, amigos, sabia confluir companheirismo com lealdade e presteza.
Tornou-se ainda mais conhecido quando limpava e higienizava as calçadas mourãoenses, à época do peti-pavê, ele tinha uma empresa e prestava este tipo de serviço, sendo comum não só à noite como nas madrugadas, conforme o volume de trabalho, sempre atencioso e gentil.
Aos 80 anos e passando por enfermidades, despediu-se da vida na última segunda-feira, deixando viúva Maria Karpuk Sousdaleff, psicóloga, os filhos Mirian, professora e nutricionista, Martha, engenheira ambiental e o servidor público Sérgio, deixando um legado familiar de afeto, amor, ética, tudo transmitido com educação e respeito, também para com o vasto círculo de amizades e dos colegas de profissão.
Fases de Fazer Frases (I)
Quando palavras faltam o silêncio fala.
Fases de Fazer Frases (II)
Vida é o todo vivido, mas não é o tudo ante o fim.
Fases de Fazer Frases (III)
Viés, eis o que és.
Fases de Fazer Frases (IV)
Ausência é vazio preenchido de lembrança.
Lembrança é vazio preenchido de saudade.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Dia 14, a partir das 19 horas, começará a ser debatido o Plano de Mobilidade Urbana – PMU. Será na Câmara de Vereadores de Campo Mourão. A reunião é aberta para toda a sociedade, que também poderá participar via internet.
Ações e investimentos, previsão de recursos públicos, a reunião deverá ser ampla, uma vez que, além dos gestores públicos, técnicos e a população usuária deverão participar. Enfim o interesse é geral´. Além do agora, soluções para problemas, melhorias, deve-se debater e definir a mobilidade para o futuro, uma vez que o crescimento viário da cidade tem sido maior do que as ações, e, apesar dos esforços, existe um descompasso. A segurança viária, eis a questão, seja para condutores de veículos, transporte público e pedestres.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
O prefeito afastado de Mato Rico, Edenir de Jesus Ribeiro (MDB), está novamente preso. O STJ – Superior Tribunal de Justiça considerou que o prefeito estava promovendo e participando de reuniões públicas, mas, segunda a defesa dele, nega, e também negou que Edenir estaria foragido.
Advogados apresentaram habeas corpus para tirá-lo da prisão. Ele é acusado de fraudes em licitações e desvio de dinheiro público.
Caixa Pós Tal (I)
Tem razão o diretor deste Jornal e leitor Nery José Thomé, quanto a Coluna anterior – Luto entreolhares – quando me referi ao sombrio luto devido a COVID-19 e ter escrito aquele ano que identificado o vírus. De fato, segundo ele, foi no ano seguinte que o vírus se tornou pandemia. Faltou melhor contextualização, mas prevalece o número 19 como referência ao ano quando tudo começou. Agradeço a correção dele.
Caixa Pós Tal (II)
“Acho que deveria informar o que significa ‘Lácio’”, escreveu Marta Monteiro, estudante de Letras em Ribeirão Preto, São Paulo, a respeito da Coluna A parede ensina – em referência ao grande escritor, poeta e jornalista Olavo Bilac, quando transcrevi trechos do intitulado poema A última flor de Lácio.
Ela está certa, me equivoquei ao considerar ser um poema muito conhecido que não precisaria explicar Lácio e seu significado. Lácio e o nome da região central da antiga de Roma, onde nasceu nossa língua, sendo que, no nosso caso, o Brasil seria a última língua descendente e sobre o prisma histórico. Sugestão acatada e grato!
Farpas e Ferpas (I)
Quem não escuta até o ponto final, fica com interrogação no meio.
Farpas é Ferpas (II)
Quem só se acha por conta própria acaba se perdendo.
Sinal Amarelo (I)
Paciência é virtude em virtude da calma.
Sinal Amarelo (II)
Quem tem conta-corrente, ganha do banco uma corrente que não se dá conta.
Trecho e Trecho
“A verdadeira afeição ao longo da ausência se prova”. [Luís de Camões].
“Quem constrói a ponte não conhece o lado de lá”. [Engenheiros do Havaii – Novos Horizontes].
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Na tardança da vida, para quem nunca foi, voltar não é problema.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
Entre meio ao semear e o colher tem o cultivo, como a amizade que se cativa.
José Eugênio Maciel | [email protected]
* As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do jornal

