Carolo, Vila, Capela

“A natureza é tão bela.
As flores humanas também.
A alma é uma capela.
Badalando os sinos do bem”.
Lucineia Magri

Domingo passado foi um dia especial de celebração por causa da reforma geral da Capela mourãoese na Vila Carolo, Nossa Senhora do Pilar, reinaugurada com missa da consagração presidida pelo bispo Dom Bruno Versari.

A Capela ficou mais bonita. Em que pese a necessidade de reformas, ela não chegou a perder a beleza, da simplicidade atual e que, historicamente, tem ainda um maior valor. A começar pelos traços arquitetônicos de uma igreja e por ser magnífica à época, década de 60. Com capacidade para receber até duzentos fiéis, era um espaço majestoso, uma vez que Campo Mourão tinha cerca de 30 mil habitantes, cabendo outro parâmetro, atual, o Teatro Municipal tem 524 lugares, para uma população próxima de cem mil mourãoenses.

A Vila Carolo, nome de batismo, haja vista a serraria dos Carolos que existia lá, assim como as famílias que moravam numa dezena de casas enfileiradas e iguais, construídas para abrigar os que nela laboravam. Um cenário de pioneirismo e progresso, sobretudo enquanto tinha muitas árvores para serrar e fazer madeira.

Grandioso destaque na Vila, embora afastada da urbe, a Capela chama atenção. Ela integra a história, memória atual e do passado de Campo Mourão. Em particular memória do meu tempo de meninice, lá assisti a alguns casamentos, acompanhados de meus saudosos pais Eloy e Elza.

A tradição é uma ponte a unir o passado pioneiro ao presente e, sem embargo, caminho da aurora vindoura. Estando lá é como se estivesse novamente com os meus pais, a contemplar a beleza, mais do que estética, afetiva, toca, pousa e se funde no coração.

No centro de uma metrópole, uma grande cidade, vilarejo ou de uma comunidade, tanto antiga quanto no principiar do seu surgimento, existe e existirá um templo, imensa catedral, igrejas ou capelas. Em todos eles é a edificação de maior relevo, comumente por ter torres e sinos.

Sociologicamente é um referencial bem mais do que a religiosidade, forma a cultura dos povos, sobretudo no Brasil. A própria construção espelha a comunhão das pessoas irmanadas no sentido do próprio lugar para se reunirem, professar a fé, rogos e agradecimentos ao divino. É fácil e natural, o catolicismo brasileiro compõe adrede a história brasileira desde o início da colonização.

Fases de Fazer Frases (I)
Solução pode estar no problema. Mas o problema não é a solução(?)

Fases de Fazer Frases (II)
Arte, parte não do que ela é em si. É ela o que torna nas pessoas.

Fases de Fazer Frases (III)
Não confundamos: sou dado a manchar com soldado a marchar.

Fases de Fazer Frases (IV)
Não confundamos: a mulher consorte e a mulher com sorte.

Fases de Fazer Frases (V)
Não confundamos: relevo (do solo) com relevo (de relevar).
Nem relevar com revelar.

Fases de Fazer Frases (VI)
O vigia vigia pela lei que vigia. Lei que vigia o vigia.

Fases de Fazer Frases (VII)
O erro induzido é só a metade de uma culpa.

Fases de Fazer Frases (VIII)
O padeiro maçante amassa bem a massa?

Fases de Fazer Frases (IV)
Não é verdade que a mentira vem aos poucos.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
“Lista telefônica ainda existe. Golpe também”, noticiou o Sítio Boca Santa, quarta anterior, a respeito do alerta do Procon de Campo Mourão em relação a golpistas que tomam dinheiro de empresários e depois desaparecem, e a tal lista telefônica não será entregue.

Evidentemente que todos esperam que tais criminosos sejam apanhados. Cabe registrar, em Campo Mourão o golpe é antigo, quase cabendo compará-lo ao conto do bilhete premiado. Nos dois casos têm desatentas vítimas, como agora.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Outro golpe: A prefeitura de Pontal do Paraná, no litoral, pagou 500 mil reais por meio de um boleto fraudulento, pensando tratar-se da empresa coletora do lixo daquela cidade. Bastou os golpistas enviarem uma correspondência eletrônica com código de barras. A notícia é também da quarta anterior, Jornal Tribuna do Paraná.

Farpas e Ferpas (I)
Desembrulhar palavras é retirar o excesso de adjetivos.

Farpas e Ferpas (II)
Que palavras firam os ouvidos e não machuquem o coração.

Reminiscências em Preto e Branco
A palavra capela provém de capella (ou manto), raridade das mais sagradas dos reis francos, notadamente no período medieval. Inicialmente, além da construção para tal finalidade, tinha as móveis, capelinhas que iam à frente quando das batalhas, servindo de oratório e ofertório.

O capelão administra a capela e atende como leigo os religiosos, quando não se tem padre ou ele vem de quando em vez.

José Eugênio Maciel | [email protected]