Este espaço, passos há 32 anos
“Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais; somos também o que lembramos
e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos
que cometemos, os impulsos a que cedemos…’ sem querer’”
Sigmund Freud
Dia 10 de julho, 1988, quando tudo começou, neste Jornal Tribuna do Interior surgia esta Coluna há 32 anos. Mais do que registrar o fato, o motivo maior é efusivamente agradecer a todos que me acompanham na trajetória da escrita.
A seguir transcrevo integralmente o artigo escrito pelo dileto amigo de décadas, pela homenagem, o conteúdo e pela consideração que, aliás, é recíproca ao poeta e notável literato Gilmar Cardoso. Obrigado a ele e a todos os caros leitores.
DOMINGO É DIA DE LER A COLUNA DO MACIEL HÁ 32 ANOS – GILMAR CARDOSO
“Eu não sou gato de Ipanema. Sou bicho do Paraná” – (João Lopes)
Segundo Darcy Ribeiro, escrever é ter coisas para dizer, ou seja, é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra. Já para Pablo Neruda, escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias!
O nome José, de origem hebraica, significa “aquele que acrescenta”, Eugênio, do grego, o “bem-nascido”, enquanto que Maciel, francês, é atribuído “àquele que vende maçãs”. Fases de fazer frases; – Olhos, vistos do cotidiano; – Reminiscências em preto e branco e – Sinal amarelo, são subtítulos da Coluna dominical cinco estrelas e recomendada da TRIBUNA, que leva o nome do autor com as ideias e emoções reproduzidas no papel jornal. “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.”, ensina-nos o Livro dos Provérbios (25,11), a profetizar o mercador mourãoense, um dos maiores cérebros pensantes que a cidade já produziu.
De raciocínio rápido e brilhante, firme em suas posições e na defesa intransigente de suas ideias; cativa-nos a todos pela inteligência, persuasão, caráter, oratória e didática, enfim, é um intelectual completo; crítico afiado e sensível, um verdadeiro homem de letras. Não é demais afirmar que estamos tendo o privilégio de conviver (e de ler) com um dos mais brilhantes cronistas que a nossa septuagenária Campo Mourão produziu.
Desde o dia 10 de julho de 1988, (Dia Mundial da Lei), época que a TRIBUNA do interior; jornal que, por conta própria deu nome à Coluna e concedeu-lhe espaço e liberdade para escrever, ainda circulava em edição semanal (virou diário a partir de 5 de janeiro de 1991); esse auto intitulado brasileiro do Paraná, mourãoense de nascimento, de meninice e da vida feito gente grande: sociólogo, advogado e professor JOSÉ EUGÊNIO MACIEL, nascido, à propósito, em um domingo, 20 de abril de 1963; bate religiosamente em dia o ponto pela ponta da sua caneta à transcrever seus pensamentos e ideais; antes, no papel pautado, depois na máquina de datilografia, com transmissão via fax ou de carona de Curitiba para Campo Mourão pelo ônibus da Expresso Nordeste, evoluindo para o disquete, pen drive, e-mail e watsapp, na era do computador que sucedeu o texto copiado e montado no linotipo para ser finalmente impressa até chegar-nos às mãos, nas inesquecíveis Bancas dos “Seos” Jonas e do Plínio.
Dado à luz no Hospital que levava o nome do Padroeiro do Município, São José; o popular Gudé; que tem o nome em r
Erros são riscos. Acertos são traços.
Fases de Fazer Frases (I)
Homens justos não se ajustam às leis, mas aos princípios.
Fases de Fazer Frases (II)
Força da palavra ou palavra da força? A palavra é imprescindível, sem forçar.
Fases de Fazer Frases (III)
A misericórdia é o mísero da concórdia.
Fases de Fazer Frases (IV)
Enquanto não cala o frio…Quanto calafrio!
Olhos, Vistos do Cotidiano
A violação do lacre que proíbe o uso da arena multiuso em Campo Mourão é vandalismo e atentado contra o combate ao coronavírus. É crime.
Farpas e Ferpas
Até a razão carece de um pingo de juízo.
Reminiscências em Preto e Branco
Calada noite fria, espero o sono, a memória saudosa faz-me companhia.
José Eugênio Maciel | [email protected]