Fins e meios da guerra
“Quanto mais próximo o homem estiver de um desejo, mais o deseja; e se não consegue realizá-lo, maior dor sente. Nunca foi sensata a decisão de causar desespero nos
homens, pois quem não espera o bem não teme o mal”.
Nicolau Machiavel
Culpar o antagonista a partir da concepção de um fato tomado como inevitável, a guerra como necessária. E, neste sentido, a Rússia tenta impingir a Ucrânia como a responsável pela deflagração da tamanha altercação.
No entanto, é completamente injustificável a invasão russa na Ucrânia, absolutamente nenhum fator tem qualquer amparo. É violação à soberania, a independência como autodeterminação de um povo com nação que a corresponde.
A história traz robustas lições. Aprendizados e advertências disponíveis para aqueles que desejam aprender, ou que tenham assimilado os horrores da bomba atômica que determinou drasticamente o término da Segunda Guerra Mundial em 1945. Ano que, para a história, é ontem. E mesmo a guerra fria não serviu para esfriar ânimos bélicos, pois países desenvolvidos continuam a destinar vultosas somas em dinheiro e material bélico, valendo a máxima, “se queres a paz, prepara-te para a guerra”.
O mundo está tão estarrecido quanto perplexo ante a guerra, deflagrada pelo impulso incontido do presidente soviético Vladimir Putin, um belicoso anti-humanista, que pratica internamente verdadeiro terror para com aqueles que ousam desafiá-lo, a execução é um dos meios sórdidos, comuns, do exibicionista e autocrático comandante.
Não é nada de mais para o Putin exterminar civis, como já tem ocorrido, uma face cruel típica dos covardes, estultos na inominável insensatez.
As sanções anunciadas pelos mais importantes países tendem a isolar a Rússia mesmo a curto prazo. Até quando ela resistirá? E até quando a Ucrânia aguentará?
Lamentavelmente cabe a frase, “os fins justificam os meios”. Aliás, ela é atribuída largamente a Nicolau Machiavel, mas, na verdade, a colocação é do poeta romano Ovídio Naso.
Iniciar uma guerra – se fácil ou difícil – nada se compara com o ter e o saber terminá-la.
Fases de Fazer Frases (I)
O aprendiz dele mesmo não se torna professor.
Fases de Fazer Frases (II)
Nunca é pequeno o feito com grandeza.
Fases de Fazer Frases (III)
Diga tudo mas não tudo diga de uma vez.
Fases de Fazer Frases (IV)
Não confundamos: o odiado com o adiado.
Fases de Fazer Frases (V)
Tristeza maior é não ter o quê chorar, e chorar.
Fases de Fazer Frases (VI)
Quanto mais existir a paz, mais ela incomoda quem só quer guerrear.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Laços brasileiros com a Ucrânia sempre foram muitos fortes, somatório da cultura daquele belo país, com a nossa.
O Paraná tem a maior colônia ucraniana do Brasil. E aqui perto, Roncador tem também um número elevado de descendentes.
Belo gesto dos roncadorenses em manifestar a solidariedade aos irmãos, de braços abertos para receber aqueles que resolverem – e conseguirem a curto prazo – virem para cá.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
A tragédia de Petrópolis, Rio de Janeiro já tem 230 mortos ou desaparecidos. Mesmo com o noticiário dar grande atenção a guerra, criminosa invasão russa, brasileiros de todos os cantos expressam material e espiritualmente a solidariedade para com aqueles que perderam familiares e amigos, e perderam casas, pertences, documentos.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
No carnaval tem os que pulam e tem os que pululam. Devido a pandemia, corretamente cidades paranaenses, principalmente as praianas, cancelaram a festa. Ainda assim, carnavalescos dão um jeito de pularem. E quem não pôde ou não quis, pululou.
Em Campo Mourão, próximo ao terminal de passageiros urbanos, um grupo de cerca de 30 pessoas se deliciava com o lanche vendido junto a um “trailer”. Todos muitos animados. Eu também, mas com a minha caminhada matinal. O lado ruim daquela terça, primeiro de março, praticamente todos sem máscara.
Farpas e Ferpas (I)
O capaz é capaz da paz?
Farpas e Ferpas (II)
O amor une o indivisível.
Farpas e Ferpas (III)
Para onde vai o lixo após limpa a consciência?
Farpas e Ferpas (IV)
O analfabeto não sente falta das palavras? Não é o único.
Reminiscências em Preto e Branco
É paradoxo a guerra que tem como motivo a paz. E não existe paz na guerra. A ambição dita humana dos governantes é caracterizada pelo incontrolável desejo de ter poder absoluto político, econômico e geográfico.
Eles próprios não pegam em armas, porém nunca estão desarmados.
José Eugênio Maciel | [email protected]