Ínfimo, infame e impenetrável
Amor é prosa, sexo é poesia.
Arnaldo Jabor
Sexo é tema a interessar a todos, mesmo aos ditos menos interessados. O pai da psicanálise Sigmund Freud afirmou, a sede de conhecimento parece ser inseparável da curiosidade sexual. Por instinto e depois pelo conhecimento consciente, a humanidade percebeu a necessidade de se associar guiada pela natureza, especificamente do latente desejo, tendo como fim a procriação e, consequentemente a preservação da espécie.
Realizada esta simplória introdução a parecer acadêmica antropológica, é bom e ir direto ao ponto – não ao ponto g – mas ao tema: o sexo e uma determinada situação que será sucintamente relatada para situar o caro leitor e posteriormente deixá-lo para tirar as próprias conclusões.
Mulher pede indenização na justiça por ter casado com homem de pênis pequeno, manchete da revista Nova, edição de abril deste ano. Karla Dias Baptista, de 26 anos, moradora do Município de Porto Grande, no Amapá, resolveu processar o ex-marido Antônio Chagas Dolores, 53 anos. Ela é advogada e ele comerciante. Eles namoraram dois anos e tiveram um casamento de 11 meses. Segundo ela, o pênis do marido era tão pequeno que não chega a sete centímetros. No processo ela aponta o problema que inviabilizou a vida conjugal, tendo informado que antes do matrimônio não tiveram relações sexuais, pois o noivo a convenceu que não teriam qualquer envolvimento íntimo penetrante por motivos religiosos. Ela acreditou e agora pretende ser indenizada com 200 mil reais. O caso se tornou público e Antônio passou a ser chamado de Toninho anaconda e quer também uma indenização por ter sido a vida íntima dela exposta.
De acordo com o nosso Direito Civil, qualquer fato efetivamente relevante desconhecido de um dos cônjuges antes da união em matrimônio poderá mesmo ensejar o desfazimento do casamento.
Por causa de algo muito pequeno, a pendenga judicial está colocada, o problema é grande, e tamanho é mesmo documento, posto na vara. Qual será o volume do processo? E o seu desfecho?
Fases de Fazer Frases (I)
Julgar deve preceder de avaliar. Porém, nem toda avaliação implica em julgamento.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
A denominação da subseção da Vara da Justiça Federal sediada em Campo Mourão doutor Milton Luiz Pereira, seguramente é justa, e merece a observação por abranger dois destacados aspectos: o fato de ter sido ministro do Superior Tribunal de Justiça e prefeito de Campo Mourão. Ele faleceu em fevereiro deste ano e em dezembro completaria 80 anos de nascimento.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Ex-moradores ilustres peabiruenses, na semana passada Miguel Sanches Neto e Rubens Bueno trocaram correspondências eletrônicas. Miguel, renomado escritor paranaense e já com projeção nacional, tendo uma coluna semanal na Gazeta do Povo, e crítico literário como colaborador da revista Veja e diversas outras publicações nacionais, no domingo passado a Folha de São Paulo publicou com grande e justificado destaque crônica na qual o escritor rememora a sua primeira participação literária. O título já por si só evidencia o carinho que ele tem pela terra: Meu primeiro editor – Peabiru-PR, 1985.
O outro ilustre ex-morador, deputado federal com proeminente atuação parlamentar nacional, cumprimentou o amigo escritor que, ao findar o texto endereçado ao Rubens Bueno, acentuou. A gente sai de Peabiru e Peabiru não sai da gente.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
E em proveito a nota anterior, Peabiru é o Município mais próximo a Campo Mourão, mas não só geograficamente, e sim histórica e atualmente. O passado liga e une as duas cidades, e o presente se caracteriza pelo número de estudantes ou trabalhadores que vêm cotidianamente a Campo Mourão. Silvino Lopes, que foi vereador em Campo Mourão, ao ser criado o Município de Peabiru lá se tornou prefeito, dá bem a dimensão desse entrelaçamento.
Olhos, Vistos do Cotidiano (IV)
Vamos fazer de tudo para reverter, declarou o jogador Neymar na matéria publicada nesta Tribuna na última sexta. Deixou o futebol de lado e pondo em evidência o modo correto de falar, o certo é inverter, e não reverter. Quando um time estiver perdendo, pretenderá inverter o resultado. E, seguindo o mesmo raciocínio, após inverter o resultado, passando novamente a ficar em desvantagem, aí então a equipe almejará reverter o resultado, cabendo aqui o que pretende jogador santista diante do Corinthians, que venceu a primeira partida, 1X0.
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Voltando a referenciar o ex-prefeito mourãoense Doutor Milton, ele recebeu em vida, há mais de trinta anos, uma homenagem a qual ele não se manifestava sobre ela, a do conjunto habitacional localizado no chamado bairro Lar Paraná. Já existia lei que proibia a denominação de ruas e próprios públicos a pessoas vivas, mas ele, por cortesia e diante da boa intenção manteve-se silente.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
Dando sequência a nota acima, Campo Mourão teve dois outros casos de denominação com as pessoas homenageadas vivas. A Biblioteca professor Egydio Martello foi o reconhecimento ao ilustre diretor do Colégio Estadual, quando se aposentou das atividades educacionais. Ele morreu mais de 30 anos depois da referida denominação.
A Avenida Ney Braga, aliás, super movimentada atualmente, chegando a certos momentos a ter tráfego lento dado ao volume de carros, era apenas uma rua que ligava a cidade ao Cemitério Municipal São Judas Tadeu, hoje ligando bairros e importantes estabelecimentos comerciais, em torno de 30 mil habitantes naquela região. Ney Braga foi governador do Paraná e foi homenageado em vida.
