Livre para votar. E manifestar?

“O poder nunca é propriedade de um indivíduo, pertence a um grupo
e existe enquanto o grupo se conserva unido.”

Hannah Arendt

    Assim como o voto é secreto e ninguém é obrigado a informar para quem votou, a Constituição garante a livre manifestação político-eleitoral de todo brasileiro. Se filiar a um partido, se candidatar, integram o arcabouço da cidadania. 
    Historicamente uma mudança comportamental ocorre continuamente, a participação da mulher na política. Apesar na família existir influência patriarcal é comum hoje a mulher escolher o candidato independentemente do marido, e os jovens também. 
    É mesmo livre toda manifestação, como verbalizar, pôr adesivo no carro ou no peito, cartaz etc.? O patrão ter um candidato e o empregado outro? Conflitos de interesses que não compromete a democracia?
    Cabe ao caro leitor – eleitor – responder. Precisamos muito amadurecer para divergir, se contrapor, assumir posições e respeitar as em contrário. Que o diga a última eleição presidencial. 

Fases de Fazer Frases
    A verdade é uma só. Quantas interpretações?

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
    Alfredo Simões Pires Neto morreu na quarta. O professor, 42 anos, não resistiu aos graves ferimentos sofridos ao ser atropelado quando pedalava na Estrada Boiadeira, dia 11.O motorista do caminhão causador do acidente fugiu sem prestar socorro. Infelizmente é comum em Campo Mourão motoristas atropelarem e sumir, deixando vítima a mercê.    

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
    Na mesma quarta, outra morte, a da Viviane Andrea dos Santos, 33 anos. Desde 20 de setembro ela estava internada na Santa Casa de Campo Mourão, não resistiu aos ferimentos. Morreu devido a tijolada dada pelo vizinho, ele não gostou da interferência dela que tentou socorrer um cachorro que estava sendo maltratado a pauladas. 
    Tanto o professor como a dona de casa foram vítimas da torpeza e nada justifica a conduta criminosa perpetrada em ambos os casos.

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
    Ele foi pego em flagrante com 30 mil reais escondido na cueca. A operação da Polícia Federal denominada DESVID-19, que apura o desvio de 20 milhões destinados ao combate da pandemia, chegou até o  patife senador Chico Rodrigues, do DEM de Roraima. Ele era o vice-líder do governo, mas foi logo destituído do cargo pelo presidente Bolsonaro. A decisão de afastá-lo do mandato foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal – STF, devendo, ou não, ser confirmada pelo Senado.
    O senador afastado alega inocência. Inocente é o eleitor de Roraima. 

Olhos, Vistos do Cotidiano (IV)
    Por falar em Supremo Tribunal Federal – STF, ministros estiveram reunidos virtualmente para decidir, 9 votos contra 1, que o traficante internacional André do Rap deve retornar para a cadeia, tornando consequentemente a decisão monocrática do ministro Marco Aurélio que determinou a soltura dele.
    A imagem do Brasil no exterior está queimada, não pelo fogo criminoso do Pantanal apenas, mas devido a gabarolice jurídica. Dinheiro público gasto para tentar capturar o bandido condenado e com vários outros processos que certamente aumentarão as penas Um último detalhe, André do Rap já tinha fugido em outra ocasião.      

Farpas e Ferpas
    O indiferente só é diferente dele.

Caixa Pós-Tal
    “Amigo Maciel, estamos tristes com a partida do senhor Agostinho, mas com o amparo de Deus, o conforto de colegas, a mensagem que você postou recentemente no Jornal Tribuna do Interior, relatando a vida do nosso saudoso patriarca, estamos obtendo forças para acalmar nossos corações. A família Grasso agradece de coração sincero. Gratidão. Suas palavras servem de alento ao meu coração. Em uma hora de conversa com você quero transformar em uma única palavra…Gratidão”. Palavras do digno professor e amigo Jair Grasso, em nome da família, manifesta a propósito “AGOSTINHO GRASSO, BELO RETRATO MOURÃOENSE”, texto principal desta Coluna, dia três deste mês. Agradecido, faço o registro. 

Reminiscências em Preto e Branco
    Ele só era pequeno na estatura, 1,50 m. Genial artista, bem cedo chamado pelo pseudônimo, Grande Otelo. Mineiro de Uberlândia, nasceu em 18 de outubro de 1915 e morreu em Paris, onde foi receber prêmio internacional de ator, ataque fulminante, 26 de novembro de 1993.
    O talento não foi reconhecido o suficiente, embora tenha deixado uma extensa produção cinematográfica, sobretudo nos filmes contracenando com Oscarito. A última atuação, aluno da Escolinha do professor Raimundo. A vida pessoal foi uma tragédia, o pai morreu esfaqueado, a mãe era alcóolatra e a primeira mulher cometeu suicídio. Há de um dia ser veementemente reconhecido, o Sebastião Bernardo de Souza Prata.    

José Eugênio Maciel | [email protected]