Mensagem para o Milton, que dela não precisa

“O Senhor Jesus disse:” Em que os verdadeiros adoradores 
adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque 
o Pai procura a tais que assim o adorem. 
Deus é Espírito, e é necessário que 
os que o adoram o adorem em 
espírito e em verdade”. 
João 4:23-24

É de se imaginar anjos a subirem e descerem do céu, portando mensagens que levam e trazem dos homens de boa vontade.

E a eles são endereçadas pelo céu.

Sem que os anjos deixem de fazer o que absoluta e corretamente realizam, pode-se ter a impressão que propositadamente ou a mando da divindade, eles troquem, entre eles, certas mensagens.

Como se para um mesmo destinatário fossem entregues pelos anjos as mesmas correspondências que eles próprios compuseram. Ou antes de enviá-las já tenham recebido repostas.

O entardecer do último domingo, lípido e claro, cenário repleto de lindas nuvens como desenho celestial de luz a resplandecer todo o universo, outrora de infinito azul, nele os anjos tocavam harpas. Dançavam numa coreografia que por si sós eram mensagens subindo, descendo, subindo como o natural e como o sobrenatural.

Eu estava ali, no Cemitério Municipal, para te entregar pessoalmente a minha mensagem, querido Milton. Sem ter noção o que escreveria, e como deveria ser o conteúdo, pois o derradeiro adeus estava eivado de uma mescla de trevas e de luzes que a sua partia provoca. Sentimentos presentemente latentes ou alhures.

Anjo no sentido cristão é sinônimo de mensageiro. E a minha folha ágrafa, – não por não ter o que lhe dizer, – mas por não dar conta do tudo que precisaria e é necessário te dizer.

Contemplo os anjos, eles estavam em movimento frenético por causa de sua partida terrena, ao mesmo tempo de sua chegada ao céu. Anjos que se tonaram uníssonos em voz e mensagens que declararam que apenas um anjo, você, Milton Rozeira, era somente o anjo que regressara ao espaço infinito dos astros.

Existiu como homem mensageiro da bondade, sem ter sido preciso ser santo, mas de todos a receber a mediunidade calcada essencialmente o portador da boa nova, a bem querência cristã, o de amar a todos terna e eternamente.

Paulista de Guaraçaí, nascido em 1954, completaria 70 anos, de aprendiz dedicado, foi percebendo até ser confirmado que tinha uma missão espiritual tão elevada que só aos de maiores mediunidades eram entregues tamanho sacerdócio, como Além do Arco-íris.

Praticava, promovia, recebia, era e é do bem em si a inteireza que tão bem e justamente sabia dividir.

Sequer capaz de ser portador apenas de mim, quanto mais a de quem quer que seja, não escreverei nada, não pela apenasmente incapacidade, mas porque bem sabe, muito e a anos-luz, o que sinto, a te dizer quanto já sabes.

É, Milton, os anjos, amigos seus, creio que me entregariam o que teria escrito para ti, ao mesmo tempo que me deixariam a resposta vindo de outros planos, para que eu decifrasse.

Se o certo é para descansar em paz, atrevo-me a heresia mal educada de assumir a vontade que tenho para que seja incomodado com os rogos de proteção, luz, cura, caminhos e luzes, e para que saibas que sempre terá a gratidão por tudo que representa, agora num plano que só quem é mestre dos mestres alcança e se mantém.

Fases de Fazer Frases (I) 
Passado não é antigo quando o novo nasce velho.

Fases de Fazer Frases (II)
Imaginar o que não existe pressupõe existir.

Fases de Fazer Frases (III)
Um abismo pode existir entre pensar e dizer.

Olhos, Vistos do Cotidiano
A taxa básica de juros caiu, o corte é de 0,5 ponto percentual. A queda Selic determinada pelo Copom – Comitê de Política Monetária, não acontecia há mais de três anos. Os juros eram de 13,75% para 13,25%.

Conter inflação e conter o consumo não deixa de ser algo de equilibrista. Quem bem sabe, na prática, não é o Banco Central ou governo, mas quem vai ao supermercado.

Farpas e Ferpas (I)
O fino da grosseria é não notá-la.

Farpas e Ferpas (II)
Pondere sobre o que deve se apoderar. Ou não.

Farpas e Ferpas (III)
Francamente é fraca a mente que mente para si.

Sinal Amarelo
“Levar desaforo para casa” é pior quando se está em casa?

Trecho e Trecho
[17] “Porque ela mesma anda de roda, buscando aos que são dignos de a acharem, e alegremente se lhes mostra nos caminhos, e por meio de toda a providência se faz encontradiça com eles”. [Os reis e a sabedoria]. É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”. [Eclesiastes].

Reminiscências em Preto e Branco
Quem tem mão cheia de conto sempre tem dois dedos de prosa.

José Eugênio Maciel | [email protected]

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