Monólogo

E eu?Que muitas vezes me pergunto quem sou, o que faço e o que quero…
(…) … Que tenho minhas crises,minhas dúvidas,cada mania mais  louca

que a outra,que prefiro um céu estrelado,um banho demorado.

Onde eu ganho tempo  pra pensar,lavar a alma,

chorar e poder misturar gotas d’água com

gotas pessoais, só minhas!

Raquel Schuindt

 

O ator é o único no palco. Só ele quem fala. Ninguém na plateia. Ele e palco somados, solidão que assoma.

Monólogo é falar sozinho apenas para si ouvir, papo entre eles. O monólogo poderá ser endereçado aos ausentes.

A plateia com certo número de presentes, o público só ouvirá o autor a falar para ele que encena. Ao público caberá entrar na conversa como ouvinte ou ficar indiferente.

Desejar ou não pretender, quem escreve produz um texto monólogo para ser lido somente por ele. Tão-só. Mais ninguém. O escritor do monólogo embora saiba ou suponha que ninguém o lerá, não irá temer se alguém lê-lo.

Independentemente do autor o texto poderá ser ignorado. Se o escritor não souber pelo menos de um leitor, o monólogo será tal como é, só lido pelo escritor, ambos sós.

Com plateia ou sem ela, o monólogo tem reações desconhecidas, ignoradas. O texto desta  Coluna hoje e nas anteriores (todas?) as palavras pressupõem outro ausente; ou presente na mesma pessoa, escritor/leitor.

Fases de Fazer Frases (I)

Descobrir-se verdadeiro é melhor do que descobrir a verdade.

Fases de Fazer Frases (II)

Tudo vem com o tempo e com ele tudo vai.

Fases de Fazer Frases (III)

Diz a farsa, disfarça. De a ver, haver.

Fases de Fazer Frases (IV)

Caso não possa  carregar-se de ânimo, ao menos  descarregue o pessimismo longe de todos.

Fases de  Fazer Frases  (V)

A moral é o maior patrimônio,  não por não ter preço, mas por jamais estar à venda.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

A 25ª Festa Nacional do Carneiro no Buraco, domingo passado, deixa claro o quanto ela é uma saborosa tradição, sobretudo levando em conta a quantidade da chuva intensa, o transtorno dela não mudou os planos dos mourãoenses  e dos visitantes. O comparecimento do grande público é ingrediente tipicamente exótico, como o preparo e a iguaria.

Não é todo dia que se aprecia o carneiro. Uma vez por ano, o evento é tempero da tradição, ingrediente a reunir tanta gente.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

Ainda estou a agradecer as até agora 162 mensagens de congratulações pelo 27º ano desta Coluna, que começou no 10 de julho de 1988. A todos o meu efusivo agradecimento, cada qual com a particularidade na relação com este espaço. O escrevinhador aqui recebe e retribui os abraços.   

Reminiscências em Preto e Branco (I)

Foi grande a repercussão da morte do pioneiro mourãoense Egidio da Silva Brisola, último dia nove. Pêsames e comentários pelo texto em homenagem a ele, que tinha 84 anos. O meu tio era muitíssimo conhecido como exímio abridor de cofre. Colocava o ouvido próximo ao tambor do cofre, na medida que o girava, ele identificava com precisão os números, o segredo então deixava de sê-lo. Outra particularidade dele, quando o cofre estava pronto para ser aberto, o meu tio fazia questão que o dono ou responsável se posicionasse bem perto enquanto o Brisola se afastava, não cabia a ele saber o que tinha sido guardado.    

Reminiscências em Preto e Branco (II)

Hoje, 19 de julho, é o 200º dia do ano no calendário gregoriano. O calendário não é mero registro dos dias, mas do tempo. Tempo que somos ou a ele pertencidos.