Nelson e o antigo cinema novo

A questão fundamental da nossa cultura hoje é: seremos independentes

 ou morreremos, como disse dom Pedro.

Nelson Pereira dos Santos

            Ao tomar posse em 2006 na Academia Brasileira de Letras, ele manifestou surpresa pela escolha, afinal seria indagado, o que fez por merecer para ser acadêmico e o que faria na ABL. O cineasta filmou a nossa literatura com destaque para o dramaturgo Nelson Rodrigues e Graciliano Ramos, respectivamente Boca de Ouro e Vidas Secas. Tais obras já tinham o reconhecimento no meio literário, ainda que não fossem lidos pela grande massa de brasileiros.

            É inegável e notável, Nelson Pereira dos Santos fez o cinema brasileiro, filmou a nossa literatura, com inovação, ousadia, simplicidade e sentimento legítimo da brasilidade que ele bem conhecia.

            Morreu sábado passado (21) com 89 anos devido a problemas com saúde. Rio 40 Graus e os filmes citados acima trazem nas imagens encenação de bons autores, nossos retratos inúmeros e típicos da diversidade cultural.

            Comprometido e apaixonado pela nossa cultura, começou a carreira em 1947, embora formado em Direito não foi de fato advogado. A paixão pelo cinema deve-se ao pai dele, que o levava as exibições na telona comentava sobre os filmes, adquiriu e bem cultivou o gosto por essa arte.

            O contraste é que cotidianamente na televisão e no cinema predominam a cultura estrangeira, ao passo que a brasileira, fica longe, sofremos uma influência dos enlatados. Nelson não se acomodou nem se amoldou ao que não fosse Brasil.

Fases de Fazer Frases (I)

            Se infinita a bondade, eterna é a gratidão.

Fases de Fazer Frases (II)

            São poucos os muitos? São muitos os poucos? Tudo é muito pouco. É pouco o muito.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

                        O senhor quer que eu passe veneno para desbaratar, matar todas as baratas e insetos?, disse um senhor ao me oferecer tal serviço. Embora a palavra possa induzir sinônimo  matar baratas, desbaratar tem dois significados: Vencer, derrotar; e Esbanjar, desperdiçar. A expressão é usada por policiais e jornalistas, referência a quadrilha, que foi desbaratada pela polícia. A quadrilha foi vencida pela polícia. Ainda, a quadrilha fugiu em bando.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

            Prefeito nenhum quer fazer, logo será esquecido pela população, palavras do prefeito Mílton Luz A, de Campina da Lagoa. Segundo o Sítio Boca Santa (edição, quinta anterior), o prefeito completou, o tempo dirá quem está certo. A constatação dele é prática antiga de uma política ruim, quanto as obras necessárias que, por não serem visíveis, não dá voto, como a que está corretamente sendo feita lá. Típica da velha política tacanha, prefeitos em muitas cidades brasileiras erigiram fontes luminosas, portais, ante a falta de redes de esgoto, água ou pluviais.

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)

            Intriga da oposição, disse o prefeito Mauro Slongo sobre as prisões temporárias no caso de suspeita de corrupção em Luiziana. Demorou para falar sobre funcionários da confiança dele que estiveram presos. Se existe ou não o mensalinho para a campanha de reeleição. Slongo não entrou no mérito, intriga ou não, ele e vereadores devem explicações, a separar o joio do trigo, provando que não são farinha do mesmo saco.

Caixa Pós -Tal

            Do chefe da CIRETRAN de Campo Mourão, se referindo à Coluna anterior NA CADEIA SEM TRÂNSITO, sobre a nova lei mais rigorosa dos crimes de trânsito, motoristas dirigindo embriagados: Muito boa tua Coluna. Obrigado, Neuri Dal Molin.

Reminiscências em Preto e Branco.

           Por falar em prefeito, está em desuso o sinônimo da palavra prefeito: alcaide. Origem árabe al-caid designa, no espanhol, indivíduo que cuida do castelo, (do Dicionário Online de Português). O que chama mais a atenção é o significado no Brasil, segundo a citada fonte, alcaide é coisa sem utilidade; ou mercadoria que não mais interessa a ninguém. Sem generalizar, a antiga palavra serve aos dias atuais brasileiros.

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Por José Eugênio Maciel | [email protected]