O tempo não deixa

“O seu tempo é limitado, então não gaste vivendo a vida de um outro alguém.
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida
de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos
outros cala a sua própria voz interior”.
Steve Jobs

É, o tempo não deixa. O tempo não nos deixa.
Ao menos que sejamos capazes de alguma coisa sem ele.
Sem ele não somos coisa alguma.
O tempo deixa olharmos exatamente as horas do relógio.
O ser humano inventou a cronologia. O tempo não é invenção humana.
Não atrasa e não adianta.
O tempo não falta e não sobra.
O tempo é o ser e o ter.
O tempo é o ser humano. É o ser humano do tempo.
É a semente. É o fruto.
O tempo é vida. É a vida.
O tempo ignorado é por não sabermos dele.
Vida é estar com o tempo. Não vida é não tê-lo. É não retê-lo.
É transcorrer, correr, incorrer.
O tempo é motivo. É motivação.
Passa em cada passo dado. Sem passo o tempo também passa.
É tempo. O tempo é.
Perdido, achado pelo homem que vai ao encontro, ou vai de encontro a ele.
Ele se veste. Se desnuda.
Tempo sustado. Assustado. Estado. Instado.
Tempo é temperança. Tempo é ganho, legado.
Tempo perdido no tempo que não se perde.
Tempo que pede. Tempo que pende. Tempo que depende.
Tempo é tudo. Tempo é nada.
Não é mais do que ele é. Tempo não é menos do ele foi.
Tempo será o que ele tiver que ser. Sem mais. Sem menos.
Só não é do tempo aquele que acha não precisar dele.
Só é do tempo aquele que não quer dele precisar, que sabe poder contá-lo.
O tempo. O tempo sempre. Sempre o tempo.

Fases de Fazer Frases (I)
A memória não é curta.
Sem memória a vida encurta.

Fases de Fazer Frases (II)
Quem só do passado vive, só vive passado.

Fases de Fazer Frases (III)
O tempo é doido, mas não enlouquece a vida (?)

Fases de Fazer Frases (IV)
Rever. Beirar. Tudo pode reverberar.

Fases de Fazer Frases (V)
Lidas em silêncio, palavras são confidências ao leitor.

Lidas em voz alta, palavras não silenciam o leitor.

Lidas presas no dicionário, nada significam sem ao menos um leitor.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Para quem de fato pretende ser candidato nas próximas eleições, o trabalho já deve ter começado – ou dado continuidade. Mas para o eleitor, tudo está muito longe, como a Brasília ou a Curitiba.

Sem especificar qualquer pretensão especificamente, também não faltam aqueles que não reúnem condições tão mínimas nem mesmo de apoio na cidade de origem, sem falar região no seu todo.

Não é desmerecer pretensões e a liberdade político-partidária, e sim constatar facilmente a inviabilização eleitoral.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
A AEACM – Associação dos Engenheiros Agrônomos prestou contas e repassou o que foi arrecadado no tradicional costelão. Os 80 mil e duzentos reais foram repassados para o Lar Dona Jacira e para o Lar Miriã. Não carece lembrar, mas é bom, pois a referida festa é tão tradicional que em pouco tempo vendem-se muito ingressos que se tem o risco de ficar sem, na última hora.

Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
Outra festa que novamente está no calendário: dia 31 de julho. É a Festa da Solidariedade, visa arrecadar fundos para o Lar dos Velhinhos, que atende Campo Mourão e cidades circunvizinhas. Impecável na organização, animação e o churrasco sempre delicioso.

Farpas e Ferpas (I)
Quando o passado do político condena ele, é o eleitor o penalizado.

Farpas e Ferpas (II)
Nem tudo não se resolve nas urnas. Mas sem elas nada se deve resolver.

Farpas e Ferpas (III)
Quem não se presta a viver, vivendo não prestará.

Reminiscências em Preto e Branco (I)
Antes que tudo tarde, que a saudade tudo farte, que ela fique e vá se embora a dor. Que nunca seja cedo para sentir a tardança da vida.

Reminiscências em Preto e Branco (II)
Não é apenas o quadro na parede que é imóvel. As pessoas que tem nele, elas não se movem no agora, apenas para o passado.

José Eugênio Maciel | [email protected]