Ocultar nomes nem jornalismo é

“Chamo jornalismo a tudo o que será menos interessante amanhã do que hoje”.

André Gide

          A Associação de Jornalismo Investigativo – Abraji, emitiu nota na semana anterior (terça), denunciando que os profissionais estão sendo alvos de perseguição. A nota de repúdio qualifica como tentativa de “descredibilização da imprensa por autoridades”. A Associação condena qualquer ato de intimidação ou perseguição, e defende a liberdade de expressão. A entidade cita nomes dos jornalistas atacados nas  redes sociais. Entre outros fatos ensejadores da nota, está a perseguição de jornalistas que revelaram as visitas da “Dama do Tráfico”, no Ministério da Justiça.

          O Diário do Poder informou e comentou existir um tratamento oposto em se tratando dos governos Bolsonaro e Lula. Quando o presidente era o Jair, existiam detalhes e os nomes das autoridades envolvidas, mas que, agora, no governo Lula, nada de citar um nome qualquer. No caso, ao narrar o fato de perseguição aos jornalistas que denunciaram a mulher de um traficante recebida no Ministério da Justiça, o nome do ministro (Flávio Dino) não foi divulgado em momento algum.        Também de acordo com o Diário do Poder (21), a Associação não fez referência a deputada federal paranaense Gleisi Hoffmann (PT), por ela “instigar militantes contra jornalistas nas redes sociais”.

          Durante o governo Bolsonaro a Abraji emitiu 15 notas de repúdio, sempre dando os nomes e respectivos fatos.

          Sem precisar entrar no mérito dos dois governos federais tangentes ao tratamento dado aos profissionais dos meios de comunicação, a Associação age absolutamente desigual, e não se justifica em se tratando de autoridades públicas.

          Tradicionalmente governos, de esquerda ou de direita, não gostam de jornalismo e jornalistas independentes, pois temem a verdade e têm pavor a jornalismo investigativo. Quando a verba publicitária não é suficiente, governos lançam mão do receituário, ameaçar, perseguir, afrontar, calar.

         “O jornalismo não é o quarto poder, é a mosca no mingau do Executivo, Legislativo e Judiciário”, é o dito popular e anônimo.

Fases de Fazer Frases (I)

          A pontualidade não é o relógio, e sim ser pontual.

Fases de Fazer Frases (II)

          O dicionário é o único que não precisa de palavras?        

Fases de Fazer Frases (III)

          Quem não sonha não tem imaginação.

Fases de Fazer Frases (IV)

          Por vezes é dispensável ter opinião sobre todas as opiniões.                 

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

          Recentemente levei as placas do meu veículo para serem fixadas. A concessionária me deu como brinde na compra do veículo. Pois bem, eu não escolhi, letras, números, etc, nada, uma vez que o ditado ensina: “cavalo dado não se olha os dentes”.

          Lá nas Placas Mourão, bem próximo a Ciretran, onde sou freguês. A placa do novo veículo começa com as letras: SEX. Brinquei a respeito afirmando que tanto o carro quanto o proprietário seriam SEX. O Rodrigo Conrado, quando parafusava as placas, simpaticamente riu e lembrou que eu tinha de certo modo sorte. Ele rememorou que um pai presenteou a filha com um carro, zero-quilômetro também. A placa, segundo ele, tinha as seguintes letras: BCT. A jovem não teria gostado.        Talvez ela tenha se acostumado.           

Farpas e Ferpas (I)

          Dar ouvidos a quem nada fala é perda de tempo.   

Farpas e Ferpas (II)

          Quem nunca tem o que dizer, tanto faz quando fala.       

Farpas e Ferpas (III)

          Só leve a sério o que for muito sério. Para não ser levado por ele.                  

Trechos e trechos

          “A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre”. [Oscar Wilde].

          “A amizade não precisa de palavras – é a solidão sem a angústia da solidão”.  [Dag Hammarkskjod].      

Sinal Amarelo

          Saber pensar é um exercício de memória?

Reminiscências em Preto e Branco (I)

          Conversa em família, passei a saber de um costume antigo, provavelmente em desuso, de as pessoas, quando iam a casa de alguém para visitar, ao se depararem com a casa fechada, sem ninguém, deixavam na porta ou portão, um galho de árvore, para avisar que estiveram lá.

          Um que praticava tão antigo hábito, Egídio Silva Brizola, o meu saudoso tio Neno, da também antiga Mecanográfica Remington, em Campo Mourão, (fechada após a morte dele).

          Em tempo, que ainda dá tempo: a conversa foi com as minhas três irmãs, Rosira, Edna e Edni, todas elas mais velhas do que eu. Mero detalhe, apenas seria para provocá-las, mas como elas não ligam…

Reminiscências em Preto e Branco (II)

          Nas andanças da vida, o tempo tanto pode estar a favor quanto estar contra.         Nem sempre existirá tempo para perceber a diferença.

Reminiscências em Preto e Branco (III)

          Antes mesmo de o tempo chegar, a sensação é que ele passará muito depressa.

          Antes de o tempo ter passado, a sensação é que ele já passou, tão depressa.